sábado, 6 de fevereiro de 2016

Montanhas e amigos em Curitiba (28-31/jan)

Voar para fazer montanhas na Serra do Mar do Paraná, é só chamar! E, pra encontrar amigos queridos, melhor ainda...fui! Dessa vez nem sabia qual era a programação. Cheguei na quinta-feira para poder dormir cedo, sabendo que o programa da sexta era mais pesado. A noite não foi boa, nada de sono com o barulho da rua do hotel. Pedi para trocar de quarto e nada...só consegui no outro dia! Saímos por volta das 7h, um pouco tarde para a opção inicial que era o Ciririca. Fomos para o Cerro Verde, na tentativa de conseguir belas vistas da Serra. Parece que esse é o ponto ideal para curtir 360º de montanhas.

Partindo, da fazenda do Bolinha: Bruno, Rodrigo, eu e Mauro.

No meio da mata, seta para várias montanhas, e a cor das indicações na trilha.

Partimos da fazenda do Bolinha às 8h com o tempo meio encoberto, mas nada de frio. A trilha começa na mata atlântica, cruzando o rio Samambaia várias vezes em meio a uma vegetação exuberante! A trilha pela floresta é linda. Encontramos árvores enormes, e seguimos sem dificuldades. Depois de uma hora de trilha a gente sai da floresta e inicia a subida para o primeiro monte, o Camapuã (~1.713m), que é uma rampa de pedra. Subimos com o tempo meio fechado. Bom que não tinha um sol rachando nossa cabeça, mas ruim que não tinha vista!! A vegetação vai mudando, e os campos de altitude aparecem, abrindo a possibilidade de observar ao redor. Chegamos no cume do Camapuã e deixamos uma notinha com nossos nomes na caixa de cume (estava sem livro), e seguimos para o Tucum (~1.743m). Céu encoberto, pouca visibilidade, e muitas mutucas!! Um horror...

Árvore enorme na mata atlântica.

Saindo da mata, subida do Camapuã.

E sobe...

 
E chega no cume!

Foto no marco geodésico do Camapuã.

Florzinhas na trilha.

Me falaram que nesta época (verão) algumas trilhas ficam proibitivas pela quantidade de cobras...ouvi várias histórias de jararacas e jararacuçús! Pelo menos, não vimos nenhuma, apesar de saber que elas estavam por lá J! Já as mutucas deixaram várias marcas...porque picam mesmo sobre a roupa L!

Mauro, observando a descida do Camapuã, com o Tucum na frente.

Lá vamos nós, primeira descida...

O Rodrigo ficou para tentar fotografar a gente na subida do Tucum...prêmio pra quem enxergar os pontinhos coloridos no meio da subida! :)

Vista da barragem na subida do Tucum.

Encontrei 2 destes em pontos diferentes da subida. Preto em cima, amarelo e vermelho em baixo.

E, sobe...

Vista da subida com o Camapuã atrás...

Cume do Tucum ;)

Indo para o Cerro Verde (é 2016 :)!

De lá seguimos para o Cerro Verde, na esperança de o tempo melhorar para curtirmos o visual prometido. A descida para o vale é bem íngreme, uns dois trechos com corda, e muito mato, e muita água, e muita lama...normal no PR! Depois da piramba, atravessamos a mata no vale, ponto de atenção com a sinalização, pois já se perderam por lá. Sem visibilidade a coisa deve ficar muito feia por ali! E, enfim, subimos o Cerro Verde. Chegamos lá por volta das 13h:20. Fomos sem pressa, paramos para comer e fotografar várias vezes.

Foto da foto...

A minha foto, e agora sim, vem a piramba do Tucum pro Cerro Verde!

Olha aí o começo da descida...

A mata no vale faz um portal para começarmos a subida do Cerro Verde.

Cume! E...cadê o visual???

Mais florzinhas...

Vegetação típica do alto das montanhas.

Confesso que, olhando para a subida do Tucum (a piramba!), já me preocupei com a volta...mas, relaxamos e ficamos por lá quase uma hora curtindo e esperando uma chance de visual, que não aconteceu. Hora de voltar. E, para a minha surpresa, a subida foi muuuuito mais fácil que a descida J! Claro! Não somava a força da gravidade kkkkk.

Cerro Verde.

No meio das nuvens...

De vez em quando um lapso de paisagem...

Eu cometi uma falha gravíssima esquecendo minha lanterna. Então, fiquei preocupada com o tempo, para não voltarmos sem luz pela mata fechada, apesar de a trilha ser mais tranquila naquele trecho. E, mais uma surpresa, o céu abriu, ficou azul, e conseguimos ter alguma vista e um belo entardecer quando estávamos descendo do Tucum! Enfim, sol para comemorarmos a trilha, mesmo sem o visual prometido!

Quando o tempo abre na descida do Tucum.

Enfim, montanhas a vista!

Chegamos ainda com luz na fazenda, um pouco antes das 19h:30, e ficamos por lá de papo furado, comendo pasteis e tomando todos os líquidos disponíveis para reidratar...até uma coca eu encarei! Nem sei quanto tempo tinha que eu não colocava aquilo na boca!

Pastel e cc...só alegria!

Escureceu, começou um chuvisco (demorou!) e tomamos o rumo da cidade. Cansados, mas felizes da vida! Eu consegui trocar de quarto e fiquei num quietinho. Tudo que eu precisava pra desmaiar J!

No dia seguinte, não chegamos num acordo sobre fazer uma trilha mais leve e fui almoçar com a Michele e peruar pelo centro da cidade, que eu adoro! Cafés, museus (pra minha surpresa fotos do Luis Cláudio Marigo, de Mamirauá!), gente diferente. À noite, fui comer espetinhos com o Rodrigo e a Simone. E, logo depois que cheguei no hotel, ficamos sem luz! Uma árvore caiu sobre um poste na frente do hotel (ao lado do teatro Guaíra). Achei ótimo...silêncio e paz para dormir, tudo desligado! J

Universidade na praça do Teatro Guaíra.

Praça no centro, esse prédio aí tem um café muito bom.

No domingo acordei cedo e fui à missa na Catedral e depois fiquei curtindo a feirinha (nada pequena!) no Largo da Ordem...acredita que eu saí de lá carregando duas plantinhas lindas!? Tive de carregar na mão até em casa...

Encontrei com a Michele para almoçar, saímos para um café no MON e encontramos outro amigo querido, o Konda. Ficamos por lá até a hora do voo...e, de novo em casa! J

Konda, eu e Michèle...

...tomando café no MON.

Essa foi a primeira vez que passei calor em Curitiba. Não acreditava que lá tinha verão! Mesmo sem muito visual, não choveu e conseguimos aproveitar bastante os passeios! Já estou esperando a próxima chamada para voltar. Pra quem não sabe, montanhas e travessias como temos por lá são raras no Brasil! E, melhor, muitos lugares desertos, trilhas pouco cursadas, tudo preservado...LINDO!

Resumo da trilha: Fazenda do Bolinha: ~950m à Camapuã: ~1700m à Tucum: ~1740m à Cerro Verde: ~1650m à volta tudo...dá aí um desnível vertical acumulado de uns ~2.800m. Tá bom, né? (peguei o desnível de tracklogs na internet)

OBS.: As fotos em que o grupo todo aparece, ou eu apareço foram tiradas pelo Rodrigo ou pelo Mauro ;)


No cume do Cerro Verde...

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