Voar para fazer
montanhas na Serra do Mar do Paraná, é só chamar! E, pra encontrar amigos
queridos, melhor ainda...fui! Dessa vez nem sabia qual era a programação.
Cheguei na quinta-feira para poder dormir cedo, sabendo que o programa da sexta
era mais pesado. A noite não foi boa, nada de sono com o barulho da rua do
hotel. Pedi para trocar de quarto e nada...só consegui no outro dia! Saímos por
volta das 7h, um pouco tarde para a opção inicial que era o Ciririca. Fomos
para o Cerro Verde, na tentativa de conseguir belas vistas da Serra. Parece que
esse é o ponto ideal para curtir 360º de montanhas.
Partindo, da fazenda do Bolinha: Bruno, Rodrigo, eu e Mauro.
No meio da mata, seta para várias montanhas, e a cor das indicações na trilha.
Partimos da fazenda
do Bolinha às 8h com o tempo meio encoberto, mas nada de frio. A trilha começa
na mata atlântica, cruzando o rio Samambaia várias vezes em meio a uma
vegetação exuberante! A trilha pela floresta é linda. Encontramos árvores
enormes, e seguimos sem dificuldades. Depois de uma hora de trilha a gente sai da floresta e
inicia a subida para o primeiro monte, o Camapuã (~1.713m), que é uma rampa de
pedra. Subimos com o tempo meio fechado. Bom que não tinha um sol rachando
nossa cabeça, mas ruim que não tinha vista!! A vegetação vai mudando, e os
campos de altitude aparecem, abrindo a possibilidade de observar ao redor.
Chegamos no cume do Camapuã e deixamos uma notinha com nossos nomes na caixa de
cume (estava sem livro), e seguimos para o Tucum (~1.743m). Céu encoberto, pouca visibilidade, e
muitas mutucas!! Um horror...
Árvore enorme na mata atlântica.
Saindo da mata, subida do Camapuã.
E sobe...
E chega no cume!
Foto no marco geodésico do Camapuã.
Florzinhas na trilha.
Me falaram que
nesta época (verão) algumas trilhas ficam proibitivas pela quantidade de
cobras...ouvi várias histórias de jararacas e jararacuçús! Pelo menos, não vimos nenhuma,
apesar de saber que elas estavam por lá J! Já as mutucas deixaram várias marcas...porque picam mesmo sobre a
roupa L!
Mauro, observando a descida do Camapuã, com o Tucum na frente.
Lá vamos nós, primeira descida...
O Rodrigo ficou para tentar fotografar a gente na subida do Tucum...prêmio pra quem enxergar os pontinhos coloridos no meio da subida! :)
Vista da barragem na subida do Tucum.
Encontrei 2 destes em pontos diferentes da subida. Preto em cima, amarelo e vermelho em baixo.
E, sobe...
Vista da subida com o Camapuã atrás...
Cume do Tucum ;)
Indo para o Cerro Verde (é 2016 :)!
De lá seguimos para
o Cerro Verde, na esperança de o tempo melhorar para curtirmos o visual
prometido. A descida para o vale é bem íngreme, uns dois trechos com corda, e
muito mato, e muita água, e muita lama...normal no PR! Depois da piramba, atravessamos
a mata no vale, ponto de atenção com a sinalização, pois já se perderam por lá. Sem
visibilidade a coisa deve ficar muito feia por ali! E, enfim, subimos o Cerro
Verde. Chegamos lá por volta das 13h:20. Fomos sem pressa, paramos para comer e
fotografar várias vezes.
Foto da foto...
A minha foto, e agora sim, vem a piramba do Tucum pro Cerro Verde!
Olha aí o começo da descida...
A mata no vale faz um portal para começarmos a subida do Cerro Verde.
Cume! E...cadê o visual???
Mais florzinhas...
Vegetação típica do alto das montanhas.
Confesso que,
olhando para a subida do Tucum (a piramba!), já me preocupei com a volta...mas,
relaxamos e ficamos por lá quase uma hora curtindo e esperando uma chance de
visual, que não aconteceu. Hora de voltar. E, para a minha surpresa, a subida
foi muuuuito mais fácil que a descida J! Claro! Não somava a força da gravidade kkkkk.
Cerro Verde.
No meio das nuvens...
De vez em quando um lapso de paisagem...
Eu cometi uma falha
gravíssima esquecendo minha lanterna. Então, fiquei preocupada com o tempo,
para não voltarmos sem luz pela mata fechada, apesar de a trilha ser mais tranquila
naquele trecho. E, mais uma surpresa, o céu abriu, ficou azul, e conseguimos
ter alguma vista e um belo entardecer quando estávamos descendo do Tucum!
Enfim, sol para comemorarmos a trilha, mesmo sem o visual prometido!
Quando o tempo abre na descida do Tucum.
Enfim, montanhas a vista!
Chegamos ainda com
luz na fazenda, um pouco antes das 19h:30, e ficamos por lá de papo furado, comendo
pasteis e tomando todos os líquidos disponíveis para reidratar...até uma coca
eu encarei! Nem sei quanto tempo tinha que eu não colocava aquilo na boca!
Pastel e cc...só alegria!
Escureceu, começou
um chuvisco (demorou!) e tomamos o rumo da cidade. Cansados, mas felizes da
vida! Eu consegui trocar de quarto e fiquei num quietinho. Tudo que eu
precisava pra desmaiar J!
No dia seguinte,
não chegamos num acordo sobre fazer uma trilha mais leve e fui almoçar com a
Michele e peruar pelo centro da cidade, que eu adoro! Cafés, museus (pra minha
surpresa fotos do Luis Cláudio Marigo, de Mamirauá!), gente diferente. À noite,
fui comer espetinhos com o Rodrigo e a Simone. E, logo depois que cheguei no
hotel, ficamos sem luz! Uma árvore caiu sobre um poste na frente do hotel (ao
lado do teatro Guaíra). Achei ótimo...silêncio e paz para dormir, tudo
desligado! J
No domingo acordei
cedo e fui à missa na Catedral e depois fiquei curtindo a feirinha (nada
pequena!) no Largo da Ordem...acredita que eu saí de lá carregando duas
plantinhas lindas!? Tive de carregar na mão até em casa...
Encontrei com a
Michele para almoçar, saímos para um café no MON e encontramos outro amigo
querido, o Konda. Ficamos por lá até a hora do voo...e, de novo em casa! J
Konda, eu e Michèle...
...tomando café no MON.
Essa foi a primeira
vez que passei calor em Curitiba. Não acreditava que lá tinha verão! Mesmo sem
muito visual, não choveu e conseguimos aproveitar bastante os passeios! Já
estou esperando a próxima chamada para voltar. Pra quem não sabe, montanhas e
travessias como temos por lá são raras no Brasil! E, melhor, muitos lugares
desertos, trilhas pouco cursadas, tudo preservado...LINDO!
OBS.: As fotos em que o grupo todo aparece, ou eu apareço foram tiradas pelo Rodrigo ou pelo Mauro ;)
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