sábado, 4 de agosto de 2018

Road trip - Parques nacionais do sudoeste americano. O MÁXIMO! (9-22/jun)

Post 2: Navajo Tribal Parks – Antelope Canyon e Monument Valley

Continuando a viagem, seguimos do Grand Canyon, pela Desert View Drive (AZ 64), até Page. Foram 211 Km até o nosso hotel.

Page é uma cidade pequena que fica ao lado do Lake Powell, que é formado pela Glen Canyon Dam, mais uma barragem do rio Colorado. Já é terra Navajo. Os parques não são nacionais, é tudo controlado pelos índios, e, além do preço do acesso, pagamos também uma taxa para a reserva.

Estudamos antes de ir o que tinha de interessante para visitar próximo à cidade, mas o foco era o Antelope Canyon (que eu ainda não conhecia). Apesar de não ter sido filmado lá, o 127 Horas me deixou ainda mais a fim de conhecer esses canyons estreitos. Além do Antelope, visitamos de passagem apenas a barragem e o Horseshoe Bend (literalmente, onde o rio faz a curva...).
Rio Colorado antes da repressa, com as linhas de transmissão passando.

Glen Canyon Dam, com o Lake Powell acima.

Horseshoe Bend. Difícil fotografar na borda sem pegar as paredes, ou cair lá embaixo! ;) 


Na ferradura do Colorado ;)

O Antelope Canyon é conhecido como um slot canyon, é uma pequena abertura na terra, cavada com a ajuda da água e do vento, que esculpem a passagem por milhares de anos. O resultado é um dos canyons mais fotogênicos do planeta!

O Antelope Canyon tem duas formações que são visitadas separadamente, não há passagem entre elas (pelo menos por enquanto!). Escolhi visitar o Lower Antelope Canyon, porque, pelas fotos que eu vi, era bem mais estreito e sinuoso que o Upper, e me pareceu bem mais interessante. O acesso do Lower é um pouco mais complicado. Você desce e sobe escadas estreitas, e passa por corredores estreitos o tempo todo, e isso também diminui o número de pessoas (muuuito importante).

O arenito foi esculpido, desenhando formas fluidas nas rochas, criando vários desenhos que a imaginação vai nomeando. É uma coisa absurda a beleza do canyon a cada passo que você dá, porque a luz vai mudando e realçando diferentes partes, mostrando a cor e as linhas das curvas. É muito lindo!

Panorâmica tirada logo no começo da trilha.

Passagens estreitas e muitos efeitos com a luz.

Fundo de areia, que cai das rochas de arenito.

As fotos para o alto, onde tem mais luz, são perfeitas, e permitem ver com mais detalhes as linhas da rocha.

Isso É uma obra de arte!

Se espreme aí!

Como o canyon é esculpido pela água e pelo vento, ele continua mudando. No caso do Lower, nosso guia nos contou episódios de inundação fatais. O mais crítico, em 1997, com várias mortes, e outro mais recente, em 2010, no qual as escadas, já de metal, foram arrancadas com a força da enxurrada. É bom consultar as chuvas na região que afetam o canyon, porque, mesmo com um sistema de alarme, é melhor não arriscar!


Nas ondas do canyon...

Muitas curvas, muitos desenhos.

Essa é impagável!!! :)

Detalhes na rocha.

Na entrada e na saída o acesso é feito por escadas estreitas de metal. É bom ir com um calçado adequado. Não é permitido entrar com nada de bolsa, mochila, tripé, etc, porque ele é muito estreito. Eu li que tinha tour para fotografia, mas no site da empresa que escolhemos não tinha, e pelo que consultei no local, também não (deve ser no upper). Os grupos são de 12 a 15 pessoas, e eles vão dando um espaço entre os grupos para permitir as fotos e o trânsito. No começo achei que isso não funcionaria, porque, pelo espaço, parece impossível não ter uma fila lá dentro, mas funcionou. Olhar o canyon quando saímos dele foi muito engraçado, parecia que a gente brotava de uma rachadura na terra!

Opa! Nós na foto!

Circulando pelo canyon...

Mais linhas e curvas...

Também amei essa :)

Olha isso!!!

Brotando da terra!

Enfim, foi fantástico! Super recomendo! Marquem um tour na hora do almoço, porque tem a melhor incidência de luz no canyon, e, contem com atrasos.

Saindo do Antelope almoçamos em Page e seguimos para pegar o pôr-do-sol no Monument Valley J, que fica a 196 Km de Page, em Utah, na divisa com o Arizona, ainda na Navajo Nation, seguindo pela US 163.

Na estrada, o tempo foi mudando e chegando perto do parque o vento estava super forte! Tipo uma tempestade de areia no deserto...céu preto, assustador! Nós pegamos muitos ventos super fortes em várias estradas. Não tem nada parecido por aqui. Inclusive em alguns locais há placas de sinalização sobre o vento!

Saindo de Page...dia lindo!

Chegando perto do Monument Valley...

 ...e o tempo ficando cabuloso!

Vento muuuito forte! Assustador!

Antes de entrar mesmo na ‘confusão’ paramos e ficamos observando. Os carros continuavam passando, mas muito pouco movimento. Então, resolvemos seguir. Passamos pela ventania, e entramos para o Centro de Visitantes do Parque. Lá decidimos que não valia a pena pegar a estrada e circular pelo parque, eu não tinha esperanças de ver um pôr-do-sol por ali. Estava muito tenebroso, muito vento, e eu sabia que seguindo a estrada teríamos vistas fantásticas.

Os velhos gigantes na nossa frente :)

O carro ajuda a dar a dimensão.

Agradecidos de estar nesse lugar!

Será que rola um pôr-do-sol???

Os gigantes Mitten Buttes, vistos do Centro de Visitantes!

Quase não é famosa...

O Vale dos Monumentos, ou Tse'Bii'Ndzisgaii (Vale das Rochas) para os Navajos, fica no Colorado Plateau, que está entre 1500m a 1800 m acima do nível do mar! E, pra variar, pela ação da água e do vento durante milhares de anos, formou os monumentos que tanto  apreciamos hoje.

Nessa viagem, todos os parques por onde passamos são fantásticos. Muito difícil dizer qual é o melhor ou o mais bonito, porque são todos lindos, com belezas únicas, mas o Antelope, o Monument Valley e o Arches são pura arte, poesia da natureza! São lugares para parar e ficar impressionado com a beleza rústica e selvagem da terra vermelha e do céu azul. Não tem mais nada, e esperamos que não tenha nunca!

Voltando para a estrada, tem uma parada obrigatória! O Forrest Gump Point J. Quem não assistiu Forrest Gump?? Lembra onde ele parou de correr? Isso para não falar dos trocentos filmes do oeste americano realizados naquele cenário, que o deixaram famoso no mundo inteiro.


Olha o visual da estrada!

Esses totens são gigantes. Muito impressionantes :)

Então, a parada fica exatamente na altura da milha 18 da US 163. Fique tranquilo que é impossível passar por ali e não parar, tanto pela vista quanto pela muvuca no meio da pista! São vários 'forrest gumps', como eu, que foram dar uma corridinha no meio da pista (mesmo com o joelho doendo)! J

Paramos aqui, por causa do visual, mas o objetivo era...

...um pouco mais pra frente! Aqui é a milha 18 da US 193. Forrest Gump Point :)

Uhuuuu! 

Nessa altura do campeonato o tempo já tinha mudado, a tempestade ficou para trás e conseguimos ter um lindo fim de tarde seguindo para Bluff. Com direito a passar pelo Mexican Hat, com o sol se pondo e ele todo vermelho, e uns deers passeando pela relva. Foi TOP demais!


Os bambies atravessaram a pista, entraram na savana, e ficamos observando.

Mexican Hat no 'pôr-do-sol' que conseguimos :)

Com um carro, pra dar uma ideia de dimensão.

Enfim, hora de tomar uma gelada!

Pra fechar com chave de ouro, jantamos numa típica steakhouse do oeste americano, tomando uma gelada! O restaurante é todo de madeira (Cottonwood Steakhouse) e estava ao lado do motel que a gente dormiu. Perfeito!


Cottonwood Steakhouse.


DICAS

- Eu pesquisei sobre o Antelope antes de ir, e vi que o Upper tem o mesmo caminho de ida e volta, não tem escadas e é mais largo...isso implica que tem uma galera muito maior lá! Resolvemos não fazer os dois, mas acho uma ideia interessante, agora que estive lá. Compre seu ticket com antecedência para garantir o horário que quer ir, não só de acordo com sua programação, mas tb para pegar mais luz. 

- Você não entra no Antelope sozinho, somente com o tour guiado pelas agencias autorizadas. No Lower só tem duas, escolhemos a Ken's Tour. Os grupos são de no máximo 15 pessoas e funciona bem. Não é fácil fotografar no canyon, as fotos com o celular funcionaram melhor, porque ficar ajustando a máquina não dá! Não sei o porquê, mas quando reduzi as fotos elas ganharam um tom mais avermelhado do que as originais :(
Ken's Tour

- Nós fizemos as fotos da Glen Canyon Dam da ponte, porque não achamos um ponto de parada antes nem depois dela, mas sei que tem. Para conhecer o Lake Powell acho que só entrando na área de recreação. Também procuramos um ponto de parada na estrada para fotografar e não encontramos.

- O Horseshoe Bend (ferradura) é um point lotado!!! O acesso é relativamente fácil e não é cobrado. Acho que explica, em parte. O lugar é muito bonito, e o melhor horário tb é por volta da hora do almoço, para não ter sombra em um dos lados do canyon, para sua foto ficar bacana ;)

- Como os dois parque são Navajos, não vale o America - The Beautiful, tem de pagar direto aos índios.

- Com o tempo feio desistimos de dirigir pelo parque do Monument Valley, mas a área que dirigimos pela estrada asfatada tb é Monument Valley, embora fora do parque. E conseguimos pegar o tempo melhor. Foi uma pena não entrarmos no parque, mas...
Dentro do parque a estrada, que não é asfaltada, tem 27 Km, e dá a volta nas mesas. Pelo que li é possível ir com qualquer carro, não é preciso ter um jeep ou fazer a excursão com os guias do parque.

Na primeira vez que fui, alugamos cavalos e fizemos o parque com os índios. Foi uma aventura à parte! Dormimos duas noites com eles, uma em um acampamento indígena naquela área e outra em cima do Mesa Douglas. Um lugar maravilhoso, que não estava na nossa rota dessa viagem, mas recomendo muito!

- Nas terras da Navajo Nation tem alguns parques/sítios históricos, dos Anasazi, os antepassados dos navajos. Eu também visitei na primeira vez. Mas, com o passeio a cavalo com os índios, eles também te mostram ruinas e desenhos nas pedras dentro da área do Monument Valley.

- Resolvemos dormir em Bluff, porque o dia foi longo! E a estrada é um espetáculo o tempo todo, indo e saindo do Monument Valley. De lá seguimos no dia seguinte para passar o dia no Arches Park, em Moab - próximo post!

- Segue nossa rota dessa parte da viagem:
Page - Antelope Canyon - Monument Valley - Bluff


domingo, 29 de julho de 2018

Road trip - Parques nacionais do sudoeste americano. O MÁXIMO! (9-22/jun)

Post 1: Grand Canyon

A muuuito tempo eu não ia aos USA. Na última vez, há 21 anos, eu visitei 11 parques americanos, em uma viagem fantástica, que sempre quis repetir. Então, chegou a hora de fazer pelo menos uma parte dela de novo. E pode ter certeza que ainda o farei mais e mais vezes, porque é simplesmente fantástico!

Bom, nem preciso dizer o quanto estava tudo diferente nos parques. Principalmente, com relação ao acesso...tudo, ou quase tudo, muito acessível. E, com isso, muuuuita gente. Gente de dar tristeza de ver tanta, desencantando certos lugares maravilhosos. Retrato da nossa realidade, que tem suas vantagens e desvantagens.

O roteiro que preparei foi bem intenso, mas sem stress para seguir ao pé da letra. Muitos desejos para pouco tempo. Mas, valia a pena tentar. Fui com meu irmão mais novo, Filipe, que só conhecia a Flórida. De qualquer forma, toda a viagem, até pelas estradas, seria uma curtição, muitas paisagens fantásticas nos esperavam. Farei o relato por partes, para não ficar gigante, pois foi missão impossível selecionar as fotos.

O roteiro foi o seguinte:
1.   LA – LV – Grand Canyon NP (CA, NV, AZ);
2.   Page, Antelope Canyon, Monument Valley (Navajo Parks - AZ, UT);
3.   Arches NP, Moab (UT);
4.   Zion NP (UT);
5.   Death Valley NP (NV, CA);
6.   Yosemite NP - SF (CA).

O nosso voo foi para Los Angeles (LA) – A Cidade dos Anjos. E lá fizemos o básico que vale a pena, aproveitando algumas dicas de um amigo que conhece a cidade melhor. Chegamos no começo da tarde, fomos para o hotel dar uma desamassada e já partimos para a praia! Passeio e pôr-do-sol em Manhattan beach. Aquecimento para o dia seguinte: alugar uma bike e pedalar de Venice beach (Marina Del Rey) até o Pier de Santa Mônica J!


Manhattan beach.

Pôr-do-sol e vento na cara...tudo de bom!

Vista ao longe do famoso parque do Pier de Santa Mônica. Apesar da poluição, ainda é possível ver a Sierra, do mar.

Eu e o Lipe caminhando pelas areias da praia, numa das paradas de bike.

Algumas manifestações próximas ao Pier.

Essa é dos veteranos da guerra contra o Iraque!

Opa! Oh nóis aí ;)

Muitos músicos tocando pelo pier. Esse aí toca um sax fantástico. Mas tinha de tudo, inclusive música indiana e tibetana!

Lipe no pedal de Venice para o Pier...

É impressionante como LA tem várias caras. Mas a melhor (imbatível) é a da praia! E, esse percurso é imperdível. Não só por conta da praia, mas por conta do calçadão e suas atrações...são muuuitas figuras, e grafites, e carros, e...vale conferir.


Olha esses aí...

O dia foi bem agitado, mas conseguimos fazer tudo que estava na nossa listinha. Manhã curtindo a praia; de lá seguimos para o Farmers Market para dar uma olhada e almoçar. Depois fomos para a calçada da fama, Hollywood! Faz parte...LA!!! E subimos para o Observatório Griffith, para pegar o pôr-do-sol e o visual da cidade do alto (e a placa de Hollywood, claro! J).


Na calçada da fama, além das estrelinhas, tem as 'patinas' também!

Isso foi muuuito legal! Vimos uma mamãe deer e seu filhote passeando junto à grade de proteção do Observatório Griffith...

O filhote...

O pôr-do-sol com a placa de Hollywood ;)

O problema foi só que lá não tinha nada para comer e a gente deixou para comer perto do hotel ('uma viagem' de lá); o que não foi uma ideia muito boa, mas, o supermercado nos salvou!

No dia seguinte começaríamos o pé na estrada literalmente. Aqui vou relatando o que fizemos de forma mais resumida, senão vira um livro, e não um blog! Nas dicas coloco umas informações relevantes.

De LA seguimos para Las Vegas (Strip). Na estrada paramos em Barstow para esticar as canelas e seguimos. No caminho, só deserto...passamos pelo Mojave, mas não entramos no parque. Uma região linda, com toda a sua aridez, cheia de Joshua Trees! Conseguimos ver algumas seguindo do Zion em direção ao Death Valley, mas eram pequenas. No Mojave são enormes! Só existem nessa região.

Passando pelo deserto de Mojave (Joshua trees).

Andamos por muitos desertos, mas nada quente como Las Vegas! Caracas! Nunca vi nada igual...missão impossível ficar em locais abertos no meio do dia! Almoçamos no hotel e ficamos enrolando até umas 4h para sair. Como nosso hotel ficava em uma rua paralela à Strip, era tipo um km caminhando, não valia a pena pegar o carro e sofrer no trânsito e pagar caro para estacionar. Mas, coragem meu amigo! Corra para um hotel ou para uma sombra qualquer até o sol desaparecer! Kkkk


Tudo um exagero, motivos de todas as partes do mundo...

O old fashion mais legal do pedaço...

Mais um...

Lipe e eu...

Show das águas do Bellagio.



Anoitecendo na Strip.

Ainda bem que isso não é problema na Strip! Outra coisa que só mesmo por lá para ver: tamanho exagero em absolutamente tudo! Mas...tá valendo, LV!!! J. Passeamos pelos dois lados da avenida, parando sempre que possível em um hotel/cassino para refrescar e conhecer. 

Fizemos uma listinha básica de algumas paradas, e a ideia era ir à noite para a Freemont. Para mim, o mais legal é mesmo o show das águas no Bellagio. A gente dava uma volta e parava lá de novo, porque a cada intervalo é uma música diferente. E com o pôr-do-sol fica lindo! A gente chegou a olhar um dos restaurantes que tem mesas ao lado do espetáculo, mas não era pro nosso bico não! Carrrrrésssimo $$$. Com esse dólar, não mesmo!

Morri de cansaço no fim do dia e o Lipe foi sozinho para a Freemont. Quando chegou, só conseguia dizer uma coisa: muito louco!! Kkkk
Não me lembro de ter gente pelada por lá anos atrás...mas uma galera muito bêbada, é fácil! Agora, parece que tem de tudo e mais um pouco.

O dia seguinte seria bem puxado, porque eu não quis deixar o Grand Canyon de fora do roteiro. Sabia que seria uma correria que valeria a pena. Saímos cedo, passamos pela Hoover Dam, a maior represa do Rio Colorado, e seguimos para o South Rim, a parte mais famosa do Grand Canyon. Paramos em Tusayan para almoçar, aproveitando um bom restaurante pela frente e  um descanso para dar ânimo, e seguimos para o Parque.


A estrada logo depois de passar pela Hoover Dam.


GRAND CANYON
O planejado era pegar o shuttle do parque e seguir a linha vermelha, a Hermits Rest, que é considerado o acesso mais bonito do Grand Canyon. Na alta temporada é proibido dirigir com seu carro, somente o ônibus do parque pode circular por ela. Depois, eu pretendia pegar o pôr-do-sol na Desert View, a outra estrada do south rim, seguindo já nosso caminho para Page.

Mas, missão impossível para uma tarde! E olha que o sol se põe lá pelas 20h! Chegamos e fomos para o Mather Point, o mais famoso, e de lá fizemos a trilha para o Yavapai Point. Voltamos, pegamos o carro de novo e estacionamos perto da Hermits Rest, onde sai o shuttle do parque.

Só conseguimos fazer a Hermits Rest, mas valeu muito a pena. O Lipe nem falava nada. Quando eu perguntava ‘e aí?’, ele só respondia ‘não consigo nem falar, tô bobo com isso aqui!’. E assim foi em vários lugares e estradas pela viagem...É tudo tão imenso, tão maravilhoso, tão grande, tão lindo que é difícil traduzir. Imagina colocar em fotos!

Mather Point. Daí é possível ver a trilha para o Plateau Point lá embaixo.

Muitas cores! O pontinho preto é uma ave.

Uma imensidão!

Lipe, maravilhado!

Impagável!

Outra coisa fantástica que conseguimos no Grand Canyon foi ter alguns momentos de silêncio naquele lugar. Impagável! Mesmo com muita gente circulando, não foi difícil ficar sozinhos em alguns momentos.

Silêncio...

Pode parecer, mas não são os mesmos lugares. Nessa aí dá pra ver o Colorado passando láaaaa embaixo!

Muito difícil escolher entre as milhares de fotos...


Aqui, já com menos luz...

Mais sombras nas montanhas.

É possível ficar horas admirando!

A dica aqui é começar pelo final, se você tem pouco tempo, como nós. Não fizemos isso, e chegamos no Pima Point, a última parada, perto do pôr-do-sol. E, nesse horário já tem pouca luz no canyon, o que dificulta as fotos, e também ver o rio! Este é o local onde se tem a melhor visão do Colorado cortando as montanhas (nessa trilha!). 


Apesar da aridez, tem verde!


Olha o Colorado aí, com a luz do pôr-do-sol. Esse é o Pima Point.

As cores vão se transformando.

Lindo!

Mais vermelho...

Mais difícil de fotografar!

E lá se vai o astro rei...

No total são 9 paradas (view points) na Hermits Rest, mas você pode descer e subir no shuttle quando quiser, e pode ir andando entre os pontos também, ou fazer tudo andando! Isso só depende de sua disposição e do tempo que dispõe! Mas, fique de olho no último horário do shuttle, se não quiser voltar tudo a pé! Logo no começo da Hermits vimos cavalos selvagens e um cachorro selvagem, do shuttle. A motorista nos chamou a atenção para os animais...fantástico. Esquilos tem por toda parte...e, please, não os alimente!!!

Olha aí o cachorro selvagem que o Lipe conseguiu fotografar do shuttle!

Essas figurinhas estão por toda parte!

Fim do dia, paramos no Market Plaza, lanchamos e pegamos a Desert View Drive. Sem vistas, apenas a estrada cortando o deserto, ao lado do canyon, com aquele puta céu estrelado J! Impagável...

Chegamos em Page já mortos, prontinho pra cair na cama, depois de um banho!

Na primeira vez que fui, desci o canyon. Fiz a Bright Angel Trail para o Plateau Point, que tem uma vista fantástica do canyon com o rio. Foi muito legal! Lembrando que, para descer ‘quase’ todo santo ajuda, mas para subir...esse é um trekking de um dia (12 milhas). Não se recomenda tentar descer até o rio e subir no mesmo dia! Nesse caso, é preciso acampar, e, para isso, ter autorização do parque! 

Para fazer as trilhas não é necessário autorização, mas para acampar sim. Idem para acampar lá embaixo e navegar pelo rio. Na primeira vez também fiz o passeio de helicóptero pelo canyon. Top demais, não fosse um calor miserável na nave! Mas, dessa vez, com esse dólar de quase R$ 4, não rolou...Se tiverem esse desejo é bom fazer logo, porque há a expectativa de proibirem os voos!


Dicas:
- É possível visitar o Grand Canyon pela borda oeste, a mais perto de Las Vegas, onde tem a Skywalker, mas, essa área não faz parte do Parque Nacional, e fica em terra indígena; pela borda norte, que fica no parque, e é menos visitada e mais verde; e pela borda sul, mais visitada, mais bonita, onde tem mais infraestrutura.
As duas vezes que visitei o parque fiz a borda sul, e é a que eu recomendo!

- Acessem o site oficial do parque antes de ir para saber as condições das estradas de acesso, trilhas, preços, etc. É a melhor forma de ter informações precisas, embora a gente tente ajudar nos blogs de viagem.
- Em minha primeira visita ao parque eu fiz a trilha Bright Angel. É uma experiência incrível, mas esteja preparado para o calor e para a volta que é subida (fazer um canyon é o oposto de subir uma montanha...)! Hoje o parque tem muito mais estrutura que antes, como alguns bebedouros pelo caminho, mas é bom cuidar da logística para não ter problemas.

- O tempo ideal para ficar no parque depende do tipo de programa que querem fazer, mas se resolverem fazer qualquer trilha mais longa, pelo menos dois dias.

- Hospedagem no parque é muito caro e missão impossível conseguir. É preciso reservar, em alguns casos, com pelo menos um ano de antecedência. Uma opção é Tusayan, ou por alí. E a boa notícia é que lá passa o shuttle do parque. Ficamos em Page, que é outra opção para explorar outros parques/atrações próximas.
* Tivemos problemas com o cancelamento grátis de algumas reservas no Booking com os Motéis Super 8 (Hollywood) e Motel 6 (várias cidades). Não consegui ser ressarcida pelo Super 8, e não recomendo nenhum dos dois! Fiquem espertos com os cancelamentos gratuitos usando o Booking, dessa vez tive problemas com quase todos!

- Nossa rota pelo Google Maps, de hotel a hotel (LV-GC-Page):
Ellis Island (LV) - Grand Canyon South Rim - Country Inn Suites By Radisson (Page)

- O parque fica aberto todo o ano, e 24h por dia. Mas, a melhor época é sempre um pouco antes do verão chegar firme. As duas vezes fui em junho e o tempo estava muito bom para as trilhas, com um ventinho gostoso que aliviava o sol do deserto, dessa última vez.

- Se forem visitar mais parques, sugiro comprar o cartão America – the Beautiful -, que dá acesso a praticamente todos os parques nacionais. Em jun/2018 paguei U$ 80,00. Vale por um ano.


Planilhas com o planejamento, os mapas dos parques e o famoso American - the Beautiful ;) 

- Ao entrar no parque vocês receberão o mapa, mas no centro de visitantes e nos shuttles eles também ficam disponíveis. É importante estudar antes o que fazer, acessando o site/blogs, mas os mapas e jornais/informativos que encontrarem por lá serão muito úteis para seguir a programação. Além de ser muito legal guardar de lembrança!

- Em LA uma boa área para ficar é Inglewood, perto do aeroporto, com acesso fácil para todos os lugares, e preços mais baixos. Como resolvemos viajar muito em cima da data, e com o dólar em alta, não deu para ficar nos lugares muito caros, tipo Santa Mônica, ou ali pela praia.

- Em LV conseguimos ficar em um hotel simples, em uma paralela à Strip, que tem na rota postada. A melhor relação custo-benefício da viagem, bom e barato!

- Em Page ficamos em um hotel da melhor rede que conseguimos na viagem. Tudo novo, excelente acomodação e um ótimo café da manhã (Radisson)! 

- No mais, fujam dos ‘chinas’!!! Eles estão lotando todas as partes do planeta! kkkk