sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Serra catarinense – região dos canyons (16-24/nov)

Essa é uma região bem famosa pelas novelas de época e pelos canyons. É de uma beleza selvagem, com paredões enormes que misturam basalto e arenito, dando uma cor avermelhada em algumas partes da pedra, sempre com muito verde da mata atlântica. Muita gente visita no inverno porque há geadas e neve...mas, não me imagino viajando para um lugar desses para isso. Afinal, quem vai fazer trilha, ou tomar banho de cachoeira com esse frio?!

Nossa viagem começou em Floripa, que eu só conhecia de passagem. Ficamos na praia dos Ingleses, um bairro típico da cidade, mas nada turístico. A ilha tem muitas praias sem faixa de areia, e essa é uma delas. Os deslocamentos na ilha são terríveis, muito trânsito, vias lotadas...sempre demora. Então, a dica é ficar perto das praias que deseja frequentar. Além do povo sarado, não achei nada de excepcional. De lá, com um carro alugado, eu e o Lipe seguimos para a serra, para o sul do estado.


Tamo junto! ;)

Enfim, largados na praia, só esperando o pôr-do-sol!

Só mais tarde conseguimos 'um lugar ao sol', tudo lotado em Jurerê.

Pra mim, esse carinha aí foi a sensação da praia, dando rasante na gente o tempo todo!

Joaquina...adorei! Espaço, areia, marzão...

Nossa primeira parada foi em Urubici, uma cidadezinha pequena, mas muito fofa e acolhedora. Os moradores são super amigáveis, sempre prontos para uma prosa, para contar suas histórias. Adorei! Ficamos numa pousada que é uma casa de madeira, cercada de araucárias, e a Mara e a Edna caprichavam no café e na prosa.


Igreja Nossa Sra. dos Homens, bem diferente.

Nossa pousada, uma típica casa de madeira.

A qualidade do ar do quintal de casa ;)

A região é cheia de cachoeiras, muitas trilhas, mas nada muito difícil. Muitos motociclistas pela região, curtindo as curvas das serras. A parte ruim foi não ter acesso ao Parque Nacional de São Joaquim, porque estão reformando a estrada de acesso ao Morro da Igreja (1.822m), que é o cartão postal do parque com a pedra furada.

Chegamos no dia 18, almoçamos e saímos para o centro de turismo para ver o que tinha para fazer, e escolhemos a cachoeira do Avencal e a serra do Corvo Branco. Fomos primeiro para a Avencal por baixo. Mas, à tarde, o sol já não bate mais em toda a queda. Apesar disso, o visual de baixo é incrível, e para os corajosos dá até pra tomar um banho gelado! A trilha tem muitas pedras grandes quando se aproxima da queda, e avencas e samambaias enormes por toda parte. É lindo! Desistimos de fazer a parte de cima, e deixamos para o dia seguinte, para pegar o sol de frente para a queda.


Trilha de avencas e samambaias gigantes.

Avistando o paredão e o rio...

Banho de respingos :)

Olha aí o poço dela!

De lá seguimos para a Serra do Corvo Branco, que, para mim, foi mais interessante que a famosa Serra do Rio do Rastro. É estrada de chão, estreita, grudada nos paredões, e com muito visual da serra. No entardecer os paredões ficam ainda mais bonitos. Logo na chegada do maior corte vertical em pedra do país, que é o começo da serra, à direita tem uma entrada para uma trilha que leva ao alto dos paredões, início do canyon Espraiado, que precisa de 4x4 pra ser visitado. Mas, como o acesso ao Parque, a estrada também estava em manutenção e a trilha fechada . Decepção...

O maior corte vertical em pedra no Brasil.

No sentido contrário...tem uns pontinhos no fundo, são pessoas!

Vários motociclistas da Argentina pararam aí para olhar as curvas do início da descida.

Lá vamos nós...


Descendo, ao lado do paredão, com muito visual!

Serra ao lado, mas contra o sol. 

Olha a inclinação da descida!

Na volta paramos um pouco antes da cidade, em um local que vende artesanatos e produtos locais...mais um dedo de prosa, e boas indicações de queijos e vinhos locais. Na região toda da serra também tem o maravilhoso mel de bracatinga e muitas geleias. Aliás, o povo adora um doce por lá!

Pilsen campeã, pra relaxar!

No dia seguinte, seguimos para a Avencal (por cima) e de lá para um local que tem inscrições rupestres de ~2.000 anos. Todos os lugares visitados são privados e exigem o pagamento na entrada. Mas, pelo menos, estão construindo infraestrutura para compensar. Pelo que li na internet, vários desses locais visitados eram abertos ao público, você chegava e seguia as trilhas, que não são nada complicadas. Agora, tudo cercado e pago! Seguimos de lá para a cachoeira Véu de Noiva, que fica no acesso ao parque São Joaquim, mas está com essa parte da estrada liberada. A cascata em si não vale a pena, mas no mesmo local tem uma trilha que leva a várias outras quedas no meio da mata, e fomos seguindo até a última, que redeu um banho para refrescar! Valeu a pena!

Sol de frente na Avencal...outro visual!

Arco-íris lá embaixo!

Lipe com os cavalos...

Avencal no fundo.

Um dos paredões com as inscrições rupestres...

Guardião.

Também não sei o que é! kkkk

Na volta, almoçamos no restaurante do local. Experimentamos a famosa truta da região. Pensei que daria tempo de fazer outra cachú de tarde (Sete Quedas) antes de ir para o pôr-do-sol no Morro do Campestre, mas não deu...aproveitamos e paramos na gruta de Nossa Sra. de Lourdes, que fica no caminho de volta para a cidade.

Avencal, do local das inscrições rupestres.

Queda Véu de noiva ao fundo, com a sequência do rio.

Várias cascatas pela trilha.

A maior queda, no final da trilha...

...foi um banho bom!

No Morro do Campestre, o sol estava brincando de se esconder, mas apareceu no final e nos brindou avermelhando ainda mais as formações de arenito no morro. Saímos de lá e chegamos na pousada ainda com o sol se pondo nas araucárias da pousada. A cidade, apesar de minúscula, é interessante, com bons restaurantes, pousadas e orientações para os turistas. Eu recomendo muito!

Olha que estranho a vista da parte de trás do conjunto de arenito!


Subindo o morro...

Seguindo até o caminho acabar!

Visual do alto.

Muitas orquídeas lá em cima! 

Estrelando no alto...

...e o Lipe na janela.

Agora com a luz do pôr-do-sol!

Nada como uma panorâmica pra dar uma pequena noção do todo!

E o sol ainda esperou a gente chegar em casa.

A Mara tinha deixado bolinhos de milho com leite pra gente! Sensacional!!!

No dia seguinte partimos para a Serra do Rio do Rastro. O dia não estava colaborando...muitas nuvens e, claro, cerração na serra! 😊 Resolvemos não descer a serra toda, paramos nos principais mirantes, para curtir o visual das curvas. As fotos bacanas que vemos na net são de drone! Não é fácil ter um bom visual da estrada, mas, em alguns pontos de parada dá pra andar um pouco procurando pontos que mostram as curvas grudadas na parede do morro, sempre com muita vegetação. No local, a atração são os quatis, super folgados atrás de comida. Vacilei com a porta do carro aberta e um deles entrou, dando o maior trabalho pra sair kkkkk

Início da descida...

Foto do posto da PRF. Não mostra as curvas grudadas no paredão...

Lá vamos nós...

...e dá-lhe curvas!

 
Olha o tamanho do carro.

Muito verde!

Todo mundo se espremendo mesmo!!!

Figurinha carimbada!

Almoçamos numa churrascaria nos arredores de Bom Jardim da Serra e depois seguimos para a Fazenda Monte Negro, que dá acesso ao ponto mais alto do estado do Rio Grande do Sul e ao canyon Monte Negro (1.410m). Fomos pela estrada que leva a São José dos Ausentes, que já é RS. Na verdade, transitamos sempre perto das bordas dos canyons, que dividem os estados de SC e RS. Logo à direita da descida da Serra do Rio do Rastro tem um acesso que vai por dentro, beirando os canyons até a Fazenda, mas não deixam você passar, só se pagar para fazer os outros canyons do caminho...achei isso o fim! Quando todo mundo quer explorar seu pedaço a coisa fica assim...Além disso, li que só daria para fazer esse trecho com 4x4, mas não pude testar!


Maria-mole...colorindo toda a estrada. Lindas!

Muitos rios pela estrada. Esse aí é divisa dos estados, o Pelotas.

A Fazenda Monte Negro é um espetáculo! Assim como em Urubici, o silêncio impera à noite. Só se ouve o barulho de sapos, grilos, o céu estrelado, a neblina tomando conta da paisagem...é uma paz! Sensacional! Isso sem falar na família Pereira, que está lá há tempos, com muitas histórias para contar sobre a chegada de sua família e os ‘ausentes’ da região (São José dos Ausentes), considerada a mais fria do país. 

Sede da fazenda Monte Negro. 

Essa iguana é quase um jacaré! :)

Vaquinhas peludas, carne angus, leite no curral...

Casal de gaviões nas araucárias. Eles são enormes!

As curicacas estão em toda parte ao redor da casa.

Entardecer sem visual nos canyons... 
Névoa no Monte Negro.

Sol se pondo, deixando uma corzinha nos paredões.

Sombra da outra parede projetada.

Acho que esse é o gavião Belo, ou para eles o carrapateiro.

Raposinha passeando pelo quintal...

Sempre arisca. Linda!

Chegamos, e sai para dar uma caminhada pelos arredores da sede, para ver a bicharada (vacas, ovelhas, curicacas, gaviões, cavalos, etc) e buscar o horizonte...mas nada de canyons à vista. Descansamos e no final da tarde fomos ao Monte Negro. O tempo foi fechando, muita névoa e um tímido sol apareceu rapidamente. Foi interessante, no dia seguinte logo cedo, com céu de brigadeiro, cavalgar pelos canyons com outro visual...o primeiro cheio de mistérios e o outro completamente limpo.


Esperando a janta!

Fogão de ferro e o famoso Maestro estão em toda parte!

Parte da poesia na parede do restaurante.

Névoa no laguinho à noite!

Cavalguei com o Mourisco, que se comportou bem comigo! Acho cavalos lindos, mas não sou nada boa em montar...Fomos ao canyon do Funil, que tem a vista para o paredão e pico Monte Negro, passamos pelo Monte Negro e seguimos de volta para a fazenda. Os cavalos conhecem o caminho, passam perto da borda dos canyons de boa, e podemos descer e caminhar.

É noix!

Pico Monte Negro com o paredão do canyon.

Paredão do Funil.

Visual totalmente limpo!

Lá vamos nós explorar a borda dos canyons ;)

Nossos amiguinhos :)

Nosso guia na cavalgada, da querida família Pereira!

A comida na fazenda é outro espetáculo, uma delícia! E, praticamente tudo local. Eu ficaria muuuito mais tempo lá, mas deixamos o sossego da fazenda e partimos para Cambará do Sul, pra visitar os canyons Fortaleza e Itaimbezinho. Só estrada de terra o tempo todo nessa viagem, mas de boa, sem perrengues! Não cortamos o pneu em nenhuma pedra, mas conseguimos furar com um parafuso gigante assim que chegamos em Cambará! Ainda bem que foi lá, senão seria perrengue total! Estradas vazias, desabitadas, sem sinal de celular!

Igreja matriz, estavam colocando os enfeites de Natal na praça.

Sequoia lunar...isso mesmo, cultivada pelos astronautas e sorteada para crescer em Cambará!

Detestei Cambará, ao contrário de Urubici, que é uma graça, Cambará não achei tão hospitaleira, nem com bons restaurantes como encontramos em Urubici. No caminho pra lá fomos parando em alguns pontos que nos indicaram, o cachoeirão dos Rodrigues e o encontro dos rios. Na cachoeira o Lipe não quis descer comigo e não fui até o poço, mas o lugar é bem legal! Daria um bom banho! A trilha da descida é muito ruim, parecia que não via ninguém há tempos, fechada, cheia de teia de aranhas e eu desisti.
Encontro dos rios...

Primeira queda do cachoeirão dos Rodrigues.

Nunca consigo fotografar esse bicho! Affff, gralha azul. 

Queda maior, sem visual do alto... :( Se não for descer não vale a pena ir!

Chegamos cedo na cidade e demos uma volta, e fomos para nosso chalé. Eu queria levantar cedo no outro dia porque queria tentar fazer os dois canyons no mesmo dia, e fazer a trilha do rio do Boi no último dia. Seriam só dois dias inteiros lá, no domingo já voltaríamos para Floripa e Brasília. Até que daria muito certo, se o tempo colaborasse, mas não foi bem assim... O fato de estar muito próximo do litoral complica o visual nos canyons, pois a diferença de temperatura faz baixar a cerração e nada de visual...aí, tem de dar sorte, ou levantar bem cedo, porque pela manhã é mais fácil ter o tempo limpo.

Na manhã seguinte, céu de brigadeiro!!! Fiz todas as trilhas do Fortaleza. Sensacional! Amei...já tinha ido uma vez em 97, mas era como se não conhecesse. O visual espetacular, dava para ver o litoral, as cidades vizinhas, tudo. E aqueles paredões expostos...o máximo! Imperdível! Andei na parte de baixo, na parte da cachoeira, depois subi para o ponto mais alto. Fiz também a trilha da Cachoeira do Tigre Preto e a Pedra do Segredo. 


É possível chegar mesmo na beirada dos paredões!

Cachoeira, do melhor ângulo que consegui, logo ao lado dela.

O rio antes da queda...

O visual dos paredões.

Andando bela borda, para ficar mais no meio do canyon...

Panorâmica dos mirantes de baixo.

Visual da cachoeira do alto do canyon.

Arco-íris na fumaça...
Selfie do alto do canyon...quase não venta!

Paredões do alto.

Panorâmica.

 
Trilha para a cachoeira do Tigre Preto.

É preciso atravessar o rio para ver ela de frente, e seguir para a pedra do segredo.

A trilha para a pedra do segredo é linda...só por ela já vale a pena!

O Fortaleza fica no Parque Nacional da Serra Geral, a 20Km da cidade, 8 são de estrada de terra. Não cobra ingresso e não tem infra, só o controle de entrada e saída na portaria (que deve ter banheiro). Voltei pra cidade e peguei o Lipe para almoçar e ir pro Itaimbezinho. Durante a tarde o tempo já fechou, a previsão, na verdade, era de chuva nesse dia e no seguinte. E, infelizmente, não deu outra.

O canyon Itaimbezinho fica no Parque Nacional dos Aparados da Serra, a 18Km da cidade, estrada de terra. Quando chegamos não tinha mais sol, e fomos fazer a trilha do cotovelo. Antes de terminar, mas já no cotovelo, começou a chover...e o visual do canyon ficou bem sem cor! Uma pena! Porque os dois canyons são completamente diferentes. Imagino os paredões do Itaimbezinho avermelhados com a luz do sol...mas não rolou. Voltamos e desistimos de fazer a trilha das cachoeiras com medo da chuva piorar. Mas, me arrependi, porque nos disseram depois que ela era bem rápida e muito linda. Então, não percam!

Trilha para o cotovelo, longa, mas fácil...

Visual do Rio do Boi correndo pelo canyon...eu só pensava em estar lá embaixo no dia seguinte!

Panorâmica do cotovelo.

Nada de chegar mais perto da borda....é tudo cercado :(

A sequência do cotovelo...

Panorâmica, já com chuva!

O rio seguindo para o outro lado.

Parador sensacional na volta! Aprendi várias coisas com a dona :)

No dia seguinte fui com uma agência local fazer a famosa trilha do Rio do Boi, que é por dentro do Itaimbezinho, pelo rio. Adoro esse tipo de trilha! Só me garanti que não havia risco por causa das chuvas, afinal, amanheceu chovendo e choveu o dia todo ☹! Essa é um trilha pra se molhar mesmo, mas bem que podia estar quente! De qualquer forma, eu não perderia essa oportunidade...vai que não volto lá!


Saindo da mata e entrando no rio!

Vamos pelas pedras nas bordas ou por dentro do rio mesmo...

Galera cruzando o rio sempre que não dá mais para seguir de um lado.

Mais uma vez...foram 20!

Essa é a cachú que chama para o banho! Olha o tamanho das pessoas que passaram...

Essa foi a queda acessível mais bonita por baixo.

Já no meio dos paredões mais altos...mirando o cotovelo!

Muito verde, um visual incrível...pena que não tinha um céu azul!

Não abriram o acesso para essa aí ainda.

Mais uma.

Chegando ao ponto final, com o visual do cotovelo à frente!

Lá está! E, logo à esquerda já se vê um desmoronamento...

As fotos não dão a dimensão do lugar...pra variar, só estando lá!

Com ou sem chuva, só alegria! 

Eu fiz ;)

Com ou sem chuva, não perca! Andar pela floresta e depois pelas pedras, atravessando o rio (20 vezes no total), cercado pelos paredões é incrível! Começa com paredões menores, sempre com muito verde. São pelo menos três cachoeiras no caminho. Duas com acesso, uma delas dá pra tomar banho, e, a última, até agora não abriram a trilha.

Seguimos até visualizar o cotovelo, mas não chegamos até ele, porque logo à frente já tinha um desmoronamento. O canyon se estreita e fica mais perigoso, e é proibido seguir. Uma pena...mas, sem riscos! 

Resolvemos parar, na volta, na cachoeira que dava pra tomar banho...não podia perder, né? Já tava bem molhada mesmo...mas, ficamos com muito frio depois! Foi uma aventura boa, mesmo molhada de chuva o tempo todo, e com as pedras mais lisas.

Experimentando as cervejas locais na Máquina do Tempo!

Saúde!

A estrada que dá acesso à parte de baixo do parque é a continuação da mesma da entrada de cima, mas são 50Km até a portaria de baixo, e a parte que começa a descer a serra é terrível. Na volta, furamos um pneu, e tivemos muita sorte, foi antes de começar a subir a serra, perto de Praia Grande. E, na mesma hora conseguimos ajuda. Além disso, estouramos um amortecedor do carro...claro que já devia estar ruim, mas dá pra ter uma ideia de estrada.

Quando cheguei no chalé estava congelando. E, à noite fez tipo 8-9ºC...e o jeito foi acender a lareira! Saímos para ir à missa e depois para jantar, mas foi dureza com essa friaca! 

No dia seguinte, hora de voltar pra casa! E o caminho era justamente aquela estrada de terra até Praia Grande, senão, pelo asfalto, andaríamos muito mais. E lá fomos nós, o dia amanheceu lindo e foi outro visual da serra, mas, já não dava mais para parar no Itaimbezinho...Era preciso garantir uma folga na viagem da volta, uma vez que o trânsito em Floripa é péssimo. Mas, deu tudo certo e ainda tivemos um tempo para curtir o aeroporto de lá, que é top!


DICAS:

- Não deixe de conhecer Urubici, de fazer os passeios por lá, e espero que o Parque Nacional de São Joaquim esteja aberto quando for! E todas as outras estradas também.

- Tomamos todas as cervejas locais e são ótimas....e olha que não sou fã de cerveja!

- Comprei os vinhos locais para trazer e também são muito bons (eu não colocava muita fé)! Então, se gosta de vinhos, coloque na agenda a visita às vinícolas da região e encha as malas. Vá às mais famosas (eles dizem que são de altitude...). Ouvi os turistas da pousada falando maravilhas delas!

- Dos produtos locais, compre o mel, as geleias e o queijo serrano! Eu adorei, e trouxe comigo!

- Acho que vale a pena ficar em chalés, ou pousadas fora do centrinho, no meio da mata, porque o cenário é simplesmente sensacional: tudo verde, araucárias, aves, lagos, montanhas....isso em todas as cidadezinhas da região!

- Se for fazer os canyons Fortaleza e Itaimbezinho, reserve uma manhã para cada um. Assim terá mais chances de aproveitar. E, se gosta de aventura, não perca a trilha do Rio do Boi, que leva o dia inteiro!

- É bom ter um carro mais alto para fazer esse circuito, porque as estradas são todas de terra e com alguns trechos mais ruins. Mas, carro normal também vai! Os locais que me disseram que só daria para ir com 4x4, tipo seguindo a rota dos canyons por dentro, desde a Serra do Rio do Rastro, nem pensei em arriscar! Mas, também descobri que essa estrada não é aberta...só pagando, ou contratando um tour privado.

- Fizemos tudo sem guia, menos a trilha do Rio do Boi, que é obrigatório. Eu gosto de andar com guias locais, mas não vi nenhuma necessidade. Talvez tenha perdido algumas histórias locais, ou detalhes da geologia da região. Se estiver podendo ($) sempre acho uma boa!

- Em Cambará o único local que curtimos para sair a noite e jantar foi o pub Máquina do Tempo. Se curte música dos anos 80 vai amar!

- Tem muito motociclista pelas curvas da estrada asfaltada, já na terra, não vi nenhum. Pra quem gosta de bike também é um paraíso. Nosso amigos da Bike Ativa fazem esse circuito da serra catarinense. 

"A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas para estimulá-las a olhar para o alto – Elisabeth Kubler"