segunda-feira, 14 de julho de 2014

Treino na Serra Fina!

Treino para o Mont Blanc na Serra Fina (12-13/jul/14)

Enfim, reunião presencial com a galera do Mont Blanc...somos eu de Brasília, a Helena de Porto Alegre e o Edu e a Cláudia de SP. Vamos encarar a escalada do Mont Blanc em agosto/setembro e estamos treinando há um tempo. O Ferraria fez parte do meu treino, e semana que vem tem Chapada dos Veadeiros, travessia leste...e aí, acho que já vou começar a maneirar na correria. Além da gente, o Léo, de Brasília, também estava nessa.

O Edu nos pegou no aeroporto e fomos para Ibitipiacaba – A casa de onde se vê a montanha, nome maravilhoso que ele deu pra sua casa de troncos...isso mesmo, igual aquelas dos filmes dos parques americanos J! Além da casa ser muito legal, a vista é muuuuuuuuuuito privilegiada! Ela fica no limite da reserva do Parque Nacional de Itatiaia, ao lado de um lago represado do rio e das corredeiras que ficam a poucos minutos de caminhada. E se não bastasse a vista da cadeia de montanhas de Itatiaia, do outro lado se vê a Serra Fina, na Mantiqueira. Acho que dispensa mais detalhes pra descrever esse paraíso J.

A casa...


...de troncos :)

A ideia inicial para o findi era fazer o Pico dos Três Estados no sábado (12) e, dependendo do ânimo, fazer alguma outra trilha mais tranquila ou explorar a região da casa. Havia chovido durante toda a semana na região, e a previsão do tempo era nublado, mas sem chuva no fim de semana, e, bateu!


Amanhecer em Ibitipiacaba, no dia 12.
Zoom na cadeia de montanhas de Itatiaia, com o Morro do Couto (2.680 m). 

O tempo estimado para a aventura era de 8-9h. Saímos cedo para tomar café e comprar o lanche da trilha na estrada, que tem aquelas vendas típicas de Minas, com vários doces, pingas e pão com lingüiça. Colocamos o pé na trilha por volta de 8:30h, um pouco tarde, mas dentro do previsto ainda voltaríamos com alguma claridade.

Saindo pela estrada, começando a trilha, com o Picu ao fundo.

Pra variar, nenhuma moleza!!! Começamos com o céu aberto, mas o mato completamente molhado do orvalho da noite e das chuvas da semana. Como a trilha é bem fechada, ficamos bem molhados e gelados uma boa parte da manhã. Troncos, galhos, árvores, bambus (MUITOS, claro!!), capim elefante, bromélias...e por aí vai a ‘trilha’. No começo uma subidona não muito íngreme, depois uma parte mais plana, com sobe e desce mais acentuados de vez em quando, o que caracteriza bem a Serra Fina. A trilha estava bem escorregadia e fechada, o que deu bastante trabalho pra gente. Eu levei alguns tombos, e pra complicar, já na volta, torci o tornozelo, mas nada que me impedisse de continuar.


Depois de sair da parte mais fechada da trilha, quando as pedras começam a aparecer...

Subindo no meio das nuvens...

Mais subida!

Saindo do bambuzal pra mais uma subida :)

A canseira foi grande. O tempo logo fechou e ficamos uma boa parte do tempo ‘nas nuvens’. Com a trilha fechada, tivemos de parar algumas vezes para encontrar o caminho, o que é normal na Serra Fina. Principalmente, no meio do capim elefente da nossa altura! Com isso, demoramos bem mais que o previsto inicialmente para atacar o cume do Três Estados. Avaliamos a situação quando chegamos no Alto dos Ivos, e colocamos a meta de chegar no cume até às 14h, para voltar ainda com luz. Nem todos haviam levado lanterna, e a trilha tinha uma parte bem fechada e escorregadia que complicaria bastante sem visibilidade, com o tempo fechado. Partimos de lá por volta de meio dia.


Cadê a vista???

No cume 'falso' dos Ivos, estreando a bandeira do Brasil, do Edu.

Quando deu 13:20h não conseguíamos ver o cume, e ainda teríamos, pelas nossas anotações, que subir e descer dois morros para chegar lá, um tempo estimado aí em pelo menos uma hora. Avaliamos de novo e resolvemos retornar. Paramos no Ivos para ‘almoçar’ e seguimos. Chegamos no carro por volta das 18h.

Escalaminhando. Até que tinham poucas escaladas.

Muuuuitas, muitas, muitas flores por toda a parte!

Bromélias floridas pra todo lado!

Mais uma...

A gente sempre fica um pouco frustrado quando não chega no objetivo, mas a segurança prevalece. Acho que é sempre melhor colocar tempos maiores. Assim, se a gente faz em menos fica feliz, e se tem atrasos por causa dos vários perrengues, que são normais, ainda ficamos dentro do que é viável para cumprir o programa. Na montanha sempre vale a regra do tempo limite para chegar ao cume, pois na volta, com todos cansados, a segurança tem de ser garantida.

No final da trilha, com alguns raios de sol entrando na mata.

A parte boa! Jantar, vinho, bate papo...eu, Helena, Edu, Léo, Cláudia.

Agora, voltando à parte boa...o jantar foi ótimo, e o sono melhor ainda J!
No dia seguinte, fizemos uma trilha pela região, chegando nas corredeiras dos rios que descem da serra, ao lado de Ibitipiacaba. Trocamos ideias para fechar os detalhes do Mont Blanc e retornamos para vida sem graça na cidade. 


O rio que corre 'ao lado' da casa do Edu.

Mata Atlântica preservada!

Só curtindo :)

Jogos da Copa? Só de passagem nas vendas das estrada e pelo rádio do carro...ainda bem que essa ‘coisa’ acabou! A novidade? Descobri que me tornei um personagem...só porque como direitinho :D

Nada de futebol...

No mais? Mais fotos do paraíso ;)


Um beija-flor pousando pra foto!

O lago, ao lado da casa, com 'vista' pra Itatiaia no fundo. 

Reza a lenda que além dos trocentos pássaros que vimos, tem jacaré no lago!

Quando o tempo abre, a vista é deslumbrante!

Mais florzinhas, pra fechar ;)

No total foram 18,2Km de trilha no sábado. Subimos a 2.520m de altitude, com um desnível acumulado de 1.302m. Tá bom, né? ;)
Agora, é esperar pela Chapada dos Veadeiros no próximo findi, com mais natureza linda!