Enfim, reunião presencial com a galera do Mont Blanc...somos eu de
Brasília, a Helena de Porto Alegre e o Edu e a Cláudia de SP. Vamos encarar a
escalada do Mont Blanc em agosto/setembro e estamos treinando há um tempo. O
Ferraria fez parte do meu treino, e semana que vem tem Chapada dos
Veadeiros, travessia leste...e aí, acho que já vou começar a maneirar na
correria. Além da gente, o Léo, de Brasília, também estava nessa.
O Edu nos pegou no aeroporto e fomos para Ibitipiacaba – A casa de onde
se vê a montanha, nome maravilhoso que ele deu pra sua casa de troncos...isso
mesmo, igual aquelas dos filmes dos parques americanos J! Além da casa ser muito legal,
a vista é muuuuuuuuuuito privilegiada! Ela fica no limite da reserva do Parque
Nacional de Itatiaia, ao lado de um lago represado do rio e das corredeiras que
ficam a poucos minutos de caminhada. E se não bastasse a vista da cadeia de
montanhas de Itatiaia, do outro lado se vê a Serra Fina, na Mantiqueira. Acho
que dispensa mais detalhes pra descrever esse paraíso J.
A ideia inicial para o findi era fazer o Pico dos Três Estados no sábado
(12) e, dependendo do ânimo, fazer alguma outra trilha mais tranquila ou
explorar a região da casa. Havia chovido durante toda a semana na região, e a
previsão do tempo era nublado, mas sem chuva no fim de semana, e, bateu!
Amanhecer em Ibitipiacaba, no dia 12.
Zoom na cadeia de montanhas de Itatiaia, com o Morro do Couto (2.680 m).
O tempo estimado para a aventura era de 8-9h. Saímos cedo para tomar
café e comprar o lanche da trilha na estrada, que tem aquelas vendas típicas de
Minas, com vários doces, pingas e pão com lingüiça. Colocamos o pé na trilha
por volta de 8:30h, um pouco tarde, mas dentro do previsto ainda voltaríamos
com alguma claridade.
Pra variar, nenhuma moleza!!! Começamos com o céu aberto, mas o mato completamente
molhado do orvalho da noite e das chuvas da semana. Como a trilha é bem
fechada, ficamos bem molhados e gelados uma boa parte da manhã. Troncos,
galhos, árvores, bambus (MUITOS, claro!!), capim elefante, bromélias...e por aí vai a ‘trilha’.
No começo uma subidona não muito íngreme, depois uma parte mais plana, com sobe
e desce mais acentuados de vez em quando, o que caracteriza bem a Serra Fina. A
trilha estava bem escorregadia e fechada, o que deu bastante trabalho pra
gente. Eu levei alguns tombos, e pra complicar, já na volta, torci o tornozelo,
mas nada que me impedisse de continuar.
Depois de sair da parte mais fechada da trilha, quando as pedras começam a aparecer...
Subindo no meio das nuvens...
Mais subida!
Saindo do bambuzal pra mais uma subida :)
A canseira foi grande. O tempo logo fechou e ficamos uma boa parte do
tempo ‘nas nuvens’. Com a trilha fechada, tivemos de parar algumas vezes para
encontrar o caminho, o que é normal na Serra Fina. Principalmente, no meio do capim elefente da nossa altura! Com isso, demoramos bem mais
que o previsto inicialmente para atacar o cume do Três Estados. Avaliamos a
situação quando chegamos no Alto dos Ivos, e colocamos a meta de chegar no cume
até às 14h, para voltar ainda com luz. Nem todos haviam levado lanterna, e a
trilha tinha uma parte bem fechada e escorregadia que complicaria bastante sem
visibilidade, com o tempo fechado. Partimos de lá por volta de meio dia.
Cadê a vista???
No cume 'falso' dos Ivos, estreando a bandeira do Brasil, do Edu.
Quando deu 13:20h não conseguíamos ver o cume, e ainda teríamos, pelas
nossas anotações, que subir e descer dois morros para chegar lá, um tempo estimado
aí em pelo menos uma hora. Avaliamos de novo e resolvemos retornar. Paramos no
Ivos para ‘almoçar’ e seguimos. Chegamos no carro por volta das 18h.
Escalaminhando. Até que tinham poucas escaladas.
Muuuuitas, muitas, muitas flores por toda a parte!
Bromélias floridas pra todo lado!
Mais uma...
A gente sempre fica um pouco frustrado quando não chega no objetivo, mas
a segurança prevalece. Acho que é sempre melhor colocar tempos maiores. Assim,
se a gente faz em menos fica feliz, e se tem atrasos por causa dos vários
perrengues, que são normais, ainda ficamos dentro do que é viável para cumprir
o programa. Na montanha sempre vale a regra do tempo limite para chegar ao
cume, pois na volta, com todos cansados, a segurança tem de ser garantida.
No final da trilha, com alguns raios de sol entrando na mata.
A parte boa! Jantar, vinho, bate papo...eu, Helena, Edu, Léo, Cláudia.
Agora, voltando à parte boa...o jantar foi ótimo, e o sono melhor ainda J!
No dia seguinte, fizemos uma trilha pela região, chegando nas
corredeiras dos rios que descem da serra, ao lado de Ibitipiacaba. Trocamos
ideias para fechar os detalhes do Mont Blanc e retornamos para vida sem graça na cidade.
No mais? Mais fotos do paraíso ;)
No total foram 18,2Km de trilha no sábado. Subimos a 2.520m de altitude, com um desnível acumulado de 1.302m. Tá bom, né? ;)
Agora, é esperar pela Chapada dos Veadeiros no próximo findi, com mais natureza linda!
O rio que corre 'ao lado' da casa do Edu.
Mata Atlântica preservada!
Só curtindo :)
Jogos da Copa? Só de passagem nas vendas das estrada e pelo rádio do carro...ainda bem que essa ‘coisa’ acabou! A novidade? Descobri que me tornei um personagem...só porque como direitinho :D
Nada de futebol...
Um beija-flor pousando pra foto!
O lago, ao lado da casa, com 'vista' pra Itatiaia no fundo.
Reza a lenda que além dos trocentos pássaros que vimos, tem jacaré no lago!
Quando o tempo abre, a vista é deslumbrante!
Mais florzinhas, pra fechar ;)
Agora, é esperar pela Chapada dos Veadeiros no próximo findi, com mais natureza linda!