terça-feira, 1 de junho de 2021

Primeira viagem do ano (pandemia) – Jericoacoara (CE) (14-22/nov/20)

Gente, misericórida! Que ano é esse??? Precisa passar logo essa pandemia! Acho que estava no limite do limite....aliás, nem dá pra dizer isso porque achei que tivesse chegado no limite do limite muitas vezes esse ano! Mas, enfim, algum tempo para viajar para um lugar desconhecido, novidade, mar, sol, vento na cara. Era só o que eu queria.

Jeri é um destino bem famoso, e também conhecido pelo agito. Em tempos de pandemia eu pensei que fosse encontrar o lugar mais sossegado. Só que não! Para minha referência de lugares de natureza, estava lotado! Os voos também...tirando o uso das máscaras e as aeromoças tentando controlar a boiada na saída da aeronave, tudo igual à muvuca de sempre.

Jeri é uma vila, ainda sem nenhum caixa eletrônico, mas em termos de infra já tem de tudo, inclusive trânsito. Essa história de carro não circular é uma piada, porque tem tantas camionetes e buggys que tem congestionamento nos passeios, até porque os caras saem e retornam sempre mais ou menos no mesmo horário!

Se com você não foi assim, que sorte! Pra mim, isso não é legal...

Bom, como a maioria do povo vai passar um findi ou poucos dias, e eu fiquei mais, tive tempo de ouvir as histórias dos passeios, dos melhores lugares, e ir aprendendo a me virar com calma.

Por conta do transfer compartilhado que escolhi, os dias da ida e da volta ficam totalmente comprometidos. É só mesmo o tempo de sair e chegar, mais nada. Na minha chegada, já a noite, descobri que a pousada era bem afastada do centrinho! Essa foi minha escolha, porque havia lido que tinha batidão na praia todos os dias, e eu não queria saber de barulho.

Piscina da pousada.

Atum selado do Tamarindo :)

Pra aliviar a canseira da viagem já escolhi jantar no melhor restaurante de lá, essa era uma dica e eu confirmo! Tamarindo, super aprovado! Dei uma volta na pracinha e já tentei achar o rumo de casa...

No domingo, 15, era dia de eleições e a vila virou um caos, porque muitos dos locais que trabalham lá e moram nas redondezas (a maioria) não trabalhou. Então, a maioria dos lugares ficou fechado e sobrecarregou os que abriram.

Igreja da vila.

Como foi meu primeiro dia de praia, eu só dei um rolê pela praia, fiquei na areia (quase impossível, por conta do vento te jogando areia), depois descobri que tem pouca sombra pra quem não quer ir para os bares/restaurantes da orla. Quando fui procurar um para me livrar do sol, a maioria estava fechado e os outros lotados, por conta das eleições....e, eu não estava entendendo nada. Como assim? Lugar turístico com tudo fechado? A noite, conversando com o povo, entendi que a maioria não mora ali, tiveram de retornar para suas cidades para votar.

A famosa duna do pôr-do-sol

 O divertido na praia, é ficar ohando o movimento dos surfistas e kitistas.

As cores ajudam a criar o cenário.

O pôr-do-sol mais bonito da viagem!

Divertido ver os kite.

Muuuito vento e areia na cara!

Lá se foi...

Bom, esse dia não foi dos melhores, mas peguei o por-do-sol mais bonito da viagem, na tal famosa duna! O jantar também deu certo, pois sai logo cedo atrás de um lugar para comer!

Muito lindo!

Voltando da duna, ja escurecendo, vi que as cores do céu se refletiam na areia mohada...

E que nossa sombra também estava bem legal....

....e, resolvi saltar! 

Segunda, 16, já bem mais esperta, depois do café já segui para a pedra furada (ou pedra da furada!). Fui pelo morro do Serrote. Uma caminhada subindo o morro, devagar e sempre. No final, tem uma descida mais íngreme para acessar a praia e a pedra. Fui cedo para ter o sol de frente para a pedra e pegar ela mais colorida. Chegando lá, fila! Cada um fica meia hora fazendo poses! Na volta, com a maré baixando, encarei de voltar pela praia. É um passeio muito legal! E, muuito mais perto, vale muito a pena ir e voltar na maré baixa, e pular o morro do Serrote! Mas, com a novela da fila, nem me animei de voltar! 

Muita gente vai de carroça....eu encarei o sol!

Clima super árido.

Depois de uma longa fila de espera...minha vez.

Mais um salto ;)

Depois de voltar pela praia, sombra e água fresca! ClubVentos.

Chegando na praia principal, já corri para o ClubVentos, o melhor lugar da praia! Isso pra quem não está hospedado com o pé na areia. O povo do esporte se concentra ali, muitos europeus, e quem corre pra chegar cedo, porque não cobram nada para você usar a estrutura toda do lugar. É top!

                                        No pôr-do sol, fiquei na areia mesmo...nada de ir pra duna lotada

Na terça, inventei de pegar a jardineira e ir conhecer a Lagoa do Paraíso, me parecia ser o melhor lugar de ‘Jeri’. Fui para a pousada do Paulo, outra referência dos blogs de viagem e também dos locais. Foi o melhor dia da viagem...uma praia de areia branca, numa lagoa (água doce), com sombra dos cajueiros, e serviço vip do restaurante logo ao lado. Pra melhorar, só tinha eu, depois chegou mais uma guria, e uns dois grupos de 3-4 pessoas passaram lá pra almoçar! TOP! É o lugar que eu mais recomendo! 

Jardineira pra lagoa do Paraíso.

Achei o paraíso! Pra mim, o melhor lugar da viagem!

Praia vazia...

Água doce....

Sobra e comida boa!

Caminhando pela praia se chega a outras pousadas.

Delícia de paz!!! Praia só minha :)

Na volta, fila de carro e gente irresponsável!


Chegando, fui tomar um sorvete e fiquei pela praia...

Esse foi o segundo pôr-do-sol da lista.

Fugindo da muvuca da duna!

Na quarta, já encarei o passeio leste, sabendo que ele passaria pela lagoa do Paraíso. Me juntei a um grupo e fechamos um buggy. Só tem dois passeios em Jeri, o leste e o oeste. Vamos ao leste... 

A primeira parada é em um cajueiro caído....fila para tirar foto fazendo macaquice no cajueiro à NEM PENSAR! Ainda bem que o povo todo pensava do mesmo jeito (= grupo certo)!!! Segunda parada, buraco azul. Idem, um poço abandonado, com muito calcário, imagino, por contada cor da água azul leitosa. Tava quase um picinão de Ramos (só dá pra entrar nas pontas)! Mas, dessa vez, animamos de tirar umas fotos. Sempre os mesmos cenários (rídiculos, pra mim). Aí, o motora já entendeu que o grupo queria um lugar bacana pra ficar, e se todos estivessem aquela muvuca não seria "bacana"! Seguimos, então, pulando outra roubada, para a lagoa do Paraíso para fechar o ‘passeio’.

Nosso piscinão de ramos!

Pra não dizer que passou em branco! 

Existem várias opções ao redor da lagoa, como a pousada do Paulo, que eu já mencionei. O mais famoso, o agito da hora, é um beach club internacional chamado Alchymist. Todo mundo vai pra lá! Como nenhum de nós conhecia, combinamos de passar por lá para conhecer e depois seguir para a pousada do Paulo para almoçar e ficar de boa na lagoa!

Porém, para a nossa surpresa, curtimos muito o lugar. Conseguimos uma mesa muito bem posicionada, lagoa lotada na nossa frente, mas ‘alguns passos’ para as laterais e já não tinha ninguém. Música boa, e resolvemos testar a comida e ficar por lá mesmo. Detalhe, assim como no piscinão de Ramos, lá também cobra só para entrar (buraco = 20, Alchymist = 25). A comida não foi aprovada, porém, a experiência valeu a pena! E, a lenda de que lá é super caro, não é verdade. Todos os ‘bons lugares’ de Jeri cobram preços semelhantes. Então, tente se for!

Mesmo esquema de redinhas na água.

Opção de lugares reservados.

Música boa, e lagoa maravilhosa!

Alchymist ;) Mais uma galera top!

Vale a pena! 

Voltamos para o pôr-do-sol na duna, que não foi essas coisas. O sol sempre se esconde atrás de nuvens escuras no horizonte. Mas, as cores do céu mudando e os reflexos no mar e na areia molhada sempre valem a pena! 

Pôr-do-sol na duna...

Mais um...

Na quinta, fiz o passeio oeste, com um casal que estava na minha pousada, em lua de mel. Também no mesmo estilo, nada de parar em roubada! Paramos no mangue seco. Pense num lugar completamente enfeitado de montagens para pose nas fotos! Cada uma :( A maioria dos lugares era assim, os mesmos cenários ridículos, mas lá, era só isso! Então, já que estavam todos fotografando também resolvi trepar numa gangorra pra foto! (nem vou postar!) kkkkkkkkkkkkkkkk

Sol, vento, areia e lagoas para atravessar...

Visual do mangue.

Só pra constar kkk

Desdendo as dunas....muito legal!

Uma invasão de motos....

Tirolesa mais mixu!

Mas, todo mundo para!

Lagoa da Tatajuba....

A parada seguinte, já na beira da lagoa de Tatajuba (eu não sabia, senão já teria ido andando), onde o povo tira foto nas tirolesas e nos escorregadores. Não encarei, achei muito sem graça pra quem já tinha o meu histórico de tirolesas! Mas, fiquei lá esperando...depois, seguimos para a lagoa, que fica cercada de dunas. A infra de Tatajuba é muito simples, nada parecido com os lugares que vi na lagoa do Paraíso. Mas, é interessante também. O melhor do passeio é andar de buggy nas dunas e na beira da praia!

Mesmo esquema.... 

Mas, muita gente :(

Fomos de lagosta...

A noite, um local me disse que valeia a pena passar o dia em uma pousada bem perto de Tatajuba (Casa Uca), disse que o local era um paraíso, e que o motora poderia ter nos levado lá para almoçar, e não na beira da lagoa. Mas...perdi essa, porque na sexta já tinha me animado a conhecer um outro lugar, na lagoa do Paraíso (claro), muito indicado pelos locais, a Casa B&B. 

Então, no dia seguinte, sexta, peguei uma jardineira e fui para a lagoa do Paraíso, parada na Casa B&B. Chegando lá o motorista já me disse que não iria me buscar...gente boa, né? Falou para eu pedir aos garçons para me arrumar outra jardineira. Sem comentários sobre isso! Um FDP, mas a maioria dos motoristas das jardineiras são assim. Só saem lotados, não se preocupam com os passageiros, sempre indicam os mesmos lugares, que os beneficiam de alguma forma. Triste! 

Bom, cheguei lá, uma infra parecida com a do Paulo, porém, o restaurante fica longe da praia, o acesso é por um morrinho. Na verdade, esse lugar fica muito perto do Alchymist, eu tinha ido andando até lá, mas não sabia o que era, porque, na beira da lago a infra é bem simples e no dia estava mais vazio. A fama do lugar é por conta da gastronomia, a recomendação foi de que era a melhor da região. Achei tudo muito bom sim, mas o melhor lugar que comi foi o Tamarindo!

Mais sombra, água fresca e comida boa!

Paraíso!

Dá pra ir andando para o Alchymist ;)

Pôr-do-sol na praia... 

Enfim, nesse dia ia ter uma balada no sunset no Chili Beach, mas com a novela de conseguir uma jardineira pra voltar, cheguei tarde e terminei desistindo, porque até tomar banho e chegar no local já pegaria a galera muuuito mais animada. Em regra, começam às 16:30, o sol se põe às 17:30, e a balada dura até 20h. Perdi

Último dia de ‘praia’, levantei cedo, café, e parti para uma caminhada na praia principal. Dessa vez, na direção das dunas....cheguei a tempo de pegar o ClubVentos abrindo e garantir minha espreguiçadeira de frente para a praia! Uma curtição ficar vendo o povo do kite e do windsurf. Essa região é uma das melhores do mundo para esses esportes! Pra fechar com chave de ouro, voltei no Tamarindo 😉!


Lá fui eu levar mais areia na cara com o vento forte, caminhando pelas prais e dunas.

Observando os pescadores pelo caminho!

Chegada com recompensa! 

No domingo, já era hora de voltar pra casa. Mais um dia de transfer e aeroporto! Saí de lá 9h e cheguei em casa 21h...punk, né? Já tava querendo férias de novo!

Bom, Jeri é um paraíso sim, mas com menos gente, menos lixo, menos barulho! Esqueci de falar que a moda da moçada é sair com caixas de som tocando a merda do não sei o que da pisadinha! Cada grupo com sua caixa de som...pense, que delícia! Nunca tinha visto isso na minha vida, e não pretendo ver de novo! Bão, pelo que me meu irmão me falou depois, no Rio é a mesma coisa ☹! Se for uma moda, que passe logo!

DICAS:

- Jeri não é um lugar barato, as pousadas mais modestas ficam na faixa dos R$300 a diária. As melhores basta dar uma olhada no Booking...estão fora do meu orçamento!

- Com a pandemia aumentaram o valor dos transferes. Agora se não for um privativo (R$600) só saem com os carros cheio, 7 passageiros! Achei um absurdo, sem falar que tem gente que não usa máscara!

Muitos me falaram que a melhor opção é ir de ônibus, que é leito e demora praticamente a mesma coisa que o transfer compartilhado. Mas, os horários não são tão interessantes, pois são poucos que vão direto para o aeroporto e só saem de Jijoca, e você fica na mão das jardineiras que só saem lotadas – 12 pessoas! Um absurdo!

Lá, as jardineiras custam R$25 e só te levam até Jijoca ou aos lugares no entorno da lagoa do Paraíso. Nem sempre com boa vontade, como viram!

- Para comer temos vários bons lugares para todos os tipos de bolso! Eu não me arrisquei a comer a comida das barraquinhas de rua, mas li que são boas! Eu indico o Tamarindo, pra não ter nenhum erro! Na praia o Cluventos. Também amei um árabe que fui, mas não lembro o nome. Na lagoa do Paraíso, a pousada do Paulo e a Casa B&B. Na Tatajuba, gostaria de ter ido à Casa Uca.

- Se gosta de esportes aquáticos, principalmente os que dependem do vento, tá no lugar certo! As praias dos arredores são famosas, e os gringos estão em toda parte! Kite e wind são os fortes. O pessoal também vai para aprender, pois é possível treinar nas lagoas, que dão pé! E, lá, o vento turbina o tempo todo! É o paraíso para essa galera.

- Não curti nenhum tipo de artesanato, com exceção das luminárias com escamas de peixe, acho que o nome dela é camuripim. Estão em toda parte lá, mas não tinha nem lugar pra por...então, não comprei, mas é a cara de Jeri! 😊

- Por último, corona não exite por lá, só a cerveja! A maioria não usa máscara, o que só é exigido em poucos lugares fechados, e nem sempre respeitado!