Post 1: Grand Canyon
A muuuito tempo eu
não ia aos USA. Na última vez, há 21 anos, eu visitei 11 parques americanos, em
uma viagem fantástica, que sempre quis repetir. Então, chegou a hora de fazer
pelo menos uma parte dela de novo. E pode ter certeza que ainda o farei mais e
mais vezes, porque é simplesmente fantástico!
Bom, nem preciso
dizer o quanto estava tudo diferente nos parques. Principalmente, com relação ao
acesso...tudo, ou quase tudo, muito acessível. E, com isso, muuuuita gente.
Gente de dar tristeza de ver tanta, desencantando certos lugares maravilhosos.
Retrato da nossa realidade, que tem suas vantagens e desvantagens.
O roteiro que
preparei foi bem intenso, mas sem stress para seguir ao pé da letra. Muitos
desejos para pouco tempo. Mas, valia a pena tentar. Fui com meu irmão mais novo, Filipe, que só conhecia a Flórida. De qualquer forma, toda a
viagem, até pelas estradas, seria uma curtição, muitas paisagens fantásticas
nos esperavam. Farei o relato por partes, para não ficar gigante, pois foi missão
impossível selecionar as fotos.
O roteiro foi o
seguinte:
1. LA – LV –
Grand Canyon NP (CA, NV, AZ);
2. Page,
Antelope Canyon, Monument Valley (Navajo Parks - AZ, UT);
3. Arches
NP, Moab (UT);
4. Zion NP (UT);
5. Death
Valley NP (NV, CA);
6. Yosemite
NP - SF (CA).
O nosso voo foi
para Los Angeles (LA) – A Cidade dos Anjos. E lá fizemos o básico que vale a
pena, aproveitando algumas dicas de um amigo que conhece a cidade melhor.
Chegamos no começo da tarde, fomos para o hotel dar uma desamassada e já
partimos para a praia! Passeio e pôr-do-sol em Manhattan beach. Aquecimento para
o dia seguinte: alugar uma bike e pedalar de Venice beach (Marina Del Rey) até
o Pier de Santa Mônica J!
Manhattan beach.
Pôr-do-sol e vento na cara...tudo de bom!
Vista ao longe do famoso parque do Pier de Santa Mônica. Apesar da poluição, ainda é possível ver a Sierra, do mar.
Eu e o Lipe caminhando pelas areias da praia, numa das paradas de bike.
Algumas manifestações próximas ao Pier.
Essa é dos veteranos da guerra contra o Iraque!
Opa! Oh nóis aí ;)
Muitos músicos tocando pelo pier. Esse aí toca um sax fantástico. Mas tinha de tudo, inclusive música indiana e tibetana!
Lipe no pedal de Venice para o Pier...
É impressionante
como LA tem várias caras. Mas a melhor (imbatível) é a da praia! E, esse
percurso é imperdível. Não só por conta da praia, mas por conta do calçadão e
suas atrações...são muuuitas figuras, e grafites, e carros, e...vale conferir.
Olha esses aí...
O dia foi bem
agitado, mas conseguimos fazer tudo que estava na nossa listinha. Manhã
curtindo a praia; de lá seguimos para o Farmers Market para dar uma olhada e
almoçar. Depois fomos para a calçada da fama, Hollywood! Faz parte...LA!!! E
subimos para o Observatório Griffith, para pegar o pôr-do-sol e o visual da
cidade do alto (e a placa de Hollywood, claro! J).
Na calçada da fama, além das estrelinhas, tem as 'patinas' também!
Isso foi muuuito legal! Vimos uma mamãe deer e seu filhote passeando junto à grade de proteção do Observatório Griffith...
O filhote...
O pôr-do-sol com a placa de Hollywood ;)
O problema foi só
que lá não tinha nada para comer e a gente deixou para comer perto do hotel
('uma viagem' de lá); o que não foi uma ideia muito boa, mas, o supermercado nos salvou!
No dia seguinte
começaríamos o pé na estrada literalmente. Aqui vou relatando o que fizemos de
forma mais resumida, senão vira um livro, e não um blog! Nas dicas coloco umas informações
relevantes.
De LA seguimos para Las Vegas (Strip). Na estrada
paramos em Barstow para esticar as canelas e seguimos. No caminho, só
deserto...passamos pelo Mojave, mas não entramos no parque. Uma região linda,
com toda a sua aridez, cheia de Joshua Trees! Conseguimos ver algumas seguindo do
Zion em direção ao Death Valley, mas eram pequenas. No Mojave são enormes! Só
existem nessa região.
Andamos por muitos
desertos, mas nada quente como Las Vegas! Caracas! Nunca vi nada igual...missão
impossível ficar em locais abertos no meio do dia! Almoçamos no hotel e ficamos
enrolando até umas 4h para sair. Como nosso hotel ficava em uma rua paralela à
Strip, era tipo um km caminhando, não valia a pena pegar o carro e sofrer no trânsito e pagar caro para estacionar. Mas, coragem meu amigo! Corra para um hotel ou para
uma sombra qualquer até o sol desaparecer! Kkkk
Tudo um exagero, motivos de todas as partes do mundo...
O old fashion mais legal do pedaço...
Mais um...
Lipe e eu...
Show das águas do Bellagio.
Anoitecendo na Strip.
Ainda bem que isso
não é problema na Strip! Outra coisa que só mesmo por lá para ver: tamanho
exagero em absolutamente tudo! Mas...tá valendo, LV!!! J. Passeamos pelos dois lados da avenida, parando
sempre que possível em um hotel/cassino para refrescar e conhecer.
Fizemos uma listinha básica de algumas paradas, e a ideia era ir à noite para a Freemont. Para mim, o mais legal é mesmo o show das águas no Bellagio. A gente dava uma volta e parava lá de novo, porque a cada intervalo é uma música diferente. E com o pôr-do-sol fica lindo! A gente chegou a olhar um dos restaurantes que tem mesas ao lado do espetáculo, mas não era pro nosso bico não! Carrrrrésssimo $$$. Com esse dólar, não mesmo!
Fizemos uma listinha básica de algumas paradas, e a ideia era ir à noite para a Freemont. Para mim, o mais legal é mesmo o show das águas no Bellagio. A gente dava uma volta e parava lá de novo, porque a cada intervalo é uma música diferente. E com o pôr-do-sol fica lindo! A gente chegou a olhar um dos restaurantes que tem mesas ao lado do espetáculo, mas não era pro nosso bico não! Carrrrrésssimo $$$. Com esse dólar, não mesmo!
Morri de cansaço no
fim do dia e o Lipe foi sozinho para a Freemont. Quando chegou, só conseguia
dizer uma coisa: muito louco!! Kkkk
Não me lembro de
ter gente pelada por lá anos atrás...mas uma galera muito bêbada, é fácil!
Agora, parece que tem de tudo e mais um pouco.
O dia seguinte
seria bem puxado, porque eu não quis deixar o Grand Canyon de fora do roteiro.
Sabia que seria uma correria que valeria a pena. Saímos cedo, passamos pela
Hoover Dam, a maior represa do Rio Colorado, e seguimos para o South Rim, a
parte mais famosa do Grand Canyon. Paramos em Tusayan para almoçar,
aproveitando um bom restaurante pela frente e um descanso para dar ânimo, e seguimos para o Parque.
A estrada logo depois de passar pela Hoover Dam.
GRAND CANYON
O planejado era
pegar o shuttle do parque e seguir a linha vermelha, a Hermits Rest, que é
considerado o acesso mais bonito do Grand Canyon. Na alta temporada é proibido
dirigir com seu carro, somente o ônibus do parque pode circular por ela. Depois,
eu pretendia pegar o pôr-do-sol na Desert View, a outra estrada do south rim,
seguindo já nosso caminho para Page.
Mas, missão
impossível para uma tarde! E olha que o sol se põe lá pelas 20h! Chegamos e
fomos para o Mather Point, o mais famoso, e de lá fizemos a trilha para o
Yavapai Point. Voltamos, pegamos o carro de novo e estacionamos perto da Hermits Rest, onde sai o shuttle do parque.
Só conseguimos
fazer a Hermits Rest, mas valeu muito a pena. O Lipe nem falava nada. Quando eu
perguntava ‘e aí?’, ele só respondia ‘não consigo nem falar, tô bobo com isso
aqui!’. E assim foi em vários lugares e estradas pela viagem...É tudo tão
imenso, tão maravilhoso, tão grande, tão lindo que é difícil traduzir. Imagina colocar em fotos!
Mather Point. Daí é possível ver a trilha para o Plateau Point lá embaixo.
Muitas cores! O pontinho preto é uma ave.
Uma imensidão!
Lipe, maravilhado!
Impagável!
Outra coisa
fantástica que conseguimos no Grand Canyon foi ter alguns momentos de silêncio
naquele lugar. Impagável! Mesmo com muita gente circulando, não foi difícil
ficar sozinhos em alguns momentos.
Silêncio...
Pode parecer, mas não são os mesmos lugares. Nessa aí dá pra ver o Colorado passando láaaaa embaixo!
Muito difícil escolher entre as milhares de fotos...
Aqui, já com menos luz...
Mais sombras nas montanhas.
É possível ficar horas admirando!
A dica aqui é
começar pelo final, se você tem pouco tempo, como nós. Não fizemos isso, e chegamos no Pima Point,
a última parada, perto do pôr-do-sol. E, nesse horário já tem pouca luz no
canyon, o que dificulta as fotos, e também ver o rio! Este é o local onde se tem a
melhor visão do Colorado cortando as montanhas (nessa trilha!).
Apesar da aridez, tem verde!
Olha o Colorado aí, com a luz do pôr-do-sol. Esse é o Pima Point.
As cores vão se transformando.
Lindo!
Mais vermelho...
Mais difícil de fotografar!
E lá se vai o astro rei...
No total são 9 paradas (view points) na Hermits Rest, mas você pode descer e subir no shuttle quando quiser, e pode ir andando entre os pontos também, ou fazer tudo andando! Isso só depende de sua disposição e do tempo que dispõe! Mas, fique de olho no último horário do shuttle, se não quiser voltar tudo a pé! Logo no começo da Hermits vimos cavalos selvagens e um cachorro selvagem, do shuttle. A motorista nos chamou a atenção para os animais...fantástico. Esquilos tem por toda parte...e, please, não os alimente!!!
Olha aí o cachorro selvagem que o Lipe conseguiu fotografar do shuttle!
Essas figurinhas estão por toda parte!
Fim do dia, paramos
no Market Plaza, lanchamos e pegamos a Desert View Drive. Sem vistas, apenas a
estrada cortando o deserto, ao lado do canyon, com aquele puta céu estrelado J! Impagável...
Chegamos em Page já mortos, prontinho pra cair na
cama, depois de um banho!
Na primeira vez que
fui, desci o canyon. Fiz a Bright Angel Trail para o Plateau Point, que tem uma
vista fantástica do canyon com o rio. Foi muito legal! Lembrando que, para descer
‘quase’ todo santo ajuda, mas para subir...esse é um trekking de um dia (12 milhas). Não se
recomenda tentar descer até o rio e subir no mesmo dia! Nesse caso, é preciso acampar, e, para isso, ter autorização do parque!
Para fazer as
trilhas não é necessário autorização, mas para acampar sim. Idem para acampar
lá embaixo e navegar pelo rio. Na primeira vez também fiz o passeio de
helicóptero pelo canyon. Top demais, não fosse um calor miserável na nave! Mas,
dessa vez, com esse dólar de quase R$ 4, não rolou...Se tiverem esse desejo é bom fazer logo, porque há a expectativa de proibirem os voos!
Dicas:
- É possível
visitar o Grand Canyon pela borda oeste, a mais perto de Las Vegas, onde tem a Skywalker, mas, essa área não faz parte do Parque Nacional, e fica em terra indígena; pela borda
norte, que fica no parque, e é menos visitada e mais verde; e pela borda sul, mais visitada,
mais bonita, onde tem mais infraestrutura.
As duas vezes que
visitei o parque fiz a borda sul, e é a que eu recomendo!
- Acessem o site
oficial do parque antes de ir para saber as condições das estradas de acesso,
trilhas, preços, etc. É a melhor forma de ter informações precisas, embora a
gente tente ajudar nos blogs de viagem.
- Em minha primeira
visita ao parque eu fiz a trilha Bright Angel. É
uma experiência incrível, mas esteja preparado para o calor e para a volta que
é subida (fazer um canyon é o oposto de subir uma montanha...)! Hoje o parque tem muito mais estrutura que antes, como alguns
bebedouros pelo caminho, mas é bom cuidar da logística para não ter problemas.
- O tempo ideal
para ficar no parque depende do tipo de programa que querem fazer, mas se
resolverem fazer qualquer trilha mais longa, pelo menos dois dias.
- Hospedagem no
parque é muito caro e missão impossível conseguir. É preciso reservar, em
alguns casos, com pelo menos um ano de antecedência. Uma opção é Tusayan, ou por alí. E a boa notícia é que lá passa o shuttle do parque. Ficamos em Page, que é outra opção para explorar outros parques/atrações próximas.
* Tivemos problemas com o cancelamento grátis de algumas reservas no Booking com os Motéis Super 8 (Hollywood) e Motel 6 (várias cidades). Não consegui ser ressarcida pelo Super 8, e não recomendo nenhum dos dois! Fiquem espertos com os cancelamentos gratuitos usando o Booking, dessa vez tive problemas com quase todos!
- Nossa rota pelo Google Maps, de hotel a hotel (LV-GC-Page):
Ellis Island (LV) - Grand Canyon South Rim - Country Inn Suites By Radisson (Page)
* Tivemos problemas com o cancelamento grátis de algumas reservas no Booking com os Motéis Super 8 (Hollywood) e Motel 6 (várias cidades). Não consegui ser ressarcida pelo Super 8, e não recomendo nenhum dos dois! Fiquem espertos com os cancelamentos gratuitos usando o Booking, dessa vez tive problemas com quase todos!
- Nossa rota pelo Google Maps, de hotel a hotel (LV-GC-Page):
Ellis Island (LV) - Grand Canyon South Rim - Country Inn Suites By Radisson (Page)
- O parque fica
aberto todo o ano, e 24h por dia. Mas, a melhor época é sempre um pouco antes
do verão chegar firme. As duas vezes fui em junho e o tempo estava muito bom
para as trilhas, com um ventinho gostoso que aliviava o sol do deserto, dessa última vez.
- Se forem visitar
mais parques, sugiro comprar o cartão America – the Beautiful -, que dá acesso
a praticamente todos os parques nacionais.
Em jun/2018 paguei U$ 80,00. Vale por um ano.
Planilhas com o planejamento, os mapas dos parques e o famoso American - the Beautiful ;)
- Ao entrar no
parque vocês receberão o mapa, mas no centro de visitantes e nos shuttles eles
também ficam disponíveis. É importante estudar antes o que fazer, acessando o
site/blogs, mas os mapas e jornais/informativos que encontrarem por lá serão
muito úteis para seguir a programação. Além de ser muito legal guardar de
lembrança!
- Em LA uma boa área para ficar é Inglewood, perto do aeroporto, com acesso fácil para todos os lugares, e preços mais baixos. Como resolvemos viajar muito em cima da data, e com o dólar em alta, não deu para ficar nos lugares muito caros, tipo Santa Mônica, ou ali pela praia.
- Em LV conseguimos ficar em um hotel simples, em uma paralela à Strip, que tem na rota postada. A melhor relação custo-benefício da viagem, bom e barato!
- Em Page ficamos em um hotel da melhor rede que conseguimos na viagem. Tudo novo, excelente acomodação e um ótimo café da manhã (Radisson)!
- Em LA uma boa área para ficar é Inglewood, perto do aeroporto, com acesso fácil para todos os lugares, e preços mais baixos. Como resolvemos viajar muito em cima da data, e com o dólar em alta, não deu para ficar nos lugares muito caros, tipo Santa Mônica, ou ali pela praia.
- Em LV conseguimos ficar em um hotel simples, em uma paralela à Strip, que tem na rota postada. A melhor relação custo-benefício da viagem, bom e barato!
- Em Page ficamos em um hotel da melhor rede que conseguimos na viagem. Tudo novo, excelente acomodação e um ótimo café da manhã (Radisson)!
- No mais, fujam
dos ‘chinas’!!! Eles estão lotando todas as partes do planeta! kkkk
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