terça-feira, 7 de agosto de 2018

Road trip - Parques nacionais do sudoeste americano. O MÁXIMO! (9-22/jun)


Post 3: Arches National Park - Utah

Utah tem cinco parques nacionais famosos conhecidos como os Cinco Mais ou Melhores, ou os mais visitados parques nacionais do estado, e pode ter certeza que valem a pena! Inclusive, considere toda a experiência no trajeto entre eles: parques estaduais, monumentos, estradas, tudo, absolutamente tudo é incrível!

Os Mighty 5 são: Arches, Canyonlands, Capitol Reef, Bryce Canyon e Zion. Não vamos falar nos parques estaduais, tá? Pula essa parte, mas inclui também as scenic byway na sua lista!!! Cara, é muuuita coisa pra fazer em Utah! Para aventureiros de todos os tipos.

A estrada entre Bluff e Moab já é impressionante...


Não faltam paredões e esculturas pela frente!

Bom, nós fizemos o Arches e o Zion nessa viagem, e eu conheço o Canyonlands e o Bryce também, da viagem anterior (97). Continuando sobre a série de parques que são obras de arte da natureza, vamos para o Arches NP. Primeiro, prepare-se para a muvuca...fila de carros para entrar, para estacionar e assim vai. Isso porque no parque não tem nenhuma infraestrutura do tipo lanchonetes/restaurantes, não existem bebedouros e banheiros em todas as trilhas, mas nas mais populares sim, e, prepare-se porque não há sombra meu amigo! A não ser na aba de algum trecho ou encosta dos arcos. Quase nada perto da população que frequenta o parque.


Panorâmica de uma das trilhas.

Então, já sabe, né?! Vale a pena! E, o melhor, o Arches fica a 10min de Moab, que é uma cidadezinha muito legal. Dá para ir e vir sem problemas e aproveitar o melhor do parque nos melhores horários. Moab também é o ponto de partida para o Canyonlands, e pode servir de base para outros pontos de interesse, já que é a cidade mais legal da região.

Saímos de Bluff bem cedo, tentamos achar algum lugar para tomar um café da manhã pelo caminho, mas sem sucesso. O jeito foi chegar em Moab e escolher um café (com a ajuda da internet, claro!) antes de entrar no Arches. A estrada de Bluff para o Arches é outro espetáculo, como a estrada do Monument Valley para Bluff!
Café tomado, seguimos para o Arches, segunda chance de usar nosso America – the Beautiful (passe anual). Mapa na mão, seguimos nossa programação: fomos até o final da estrada do parque para começar pelo Landscape, se fosse bem cedo e estivéssemos animados faríamos o Duble O, mas não rolou; Windows (norte, sul e Turret); Double Arches, passando por alguns mirantes; e, à tarde, pôr-do-sol no Delicate (imperdível!).

Entrando no Arches. As fotos não dão a dimensão dos paredões!

Courthouse Towers - são impressionantes!

Reparem na diferença nas cores das rochas com o sol logo pela manhã e no final da tarde...

Mesmo que tivesse um monte de gente lá perto, não apareceria na foto!

Balanced Rock.

Tunnel Arch, na trilha do Landscape.

Encontramos alguns desses coloridinhos...

Esse é um dos mais lindos do planeta!

Landscape! Não é fácil pegar ele inteiro.

O cenário se completa.

Sinalizações do parque.

Olha os pontinhos lá embaixo...Double Arche.

North Window.

South Window.

Turret, entre as windows...

Esse aí achou um assento na South Window para apreciar o outro lado da cena.

Esquilinhos estão por toda parte.

Aqui, não é preciso escrever muito, as fotos vão mostrar a beleza do parque! Só preciso ressaltar que é muuuito quente, a depender da época do ano que forem. As trilhas são subindo nas rochas vermelhas ou na areia, mas todas bastante acessíveis. Estude as distâncias e tempos antes de escolher o que fazer, e leve bastante água, comida e protetor solar!

É bom começar cedo, eu sugiro (sério mesmo); ir almoçar na cidade (sombra e água fresca!); e voltar para o pôr-do-sol, também é uma boa opção, e foi o que decidimos fazer! Consegui seguir o roteiro, mas o Lipe capotou no carro, morto com o calor e o cansaço da viagem intensa, logo depois do Landscape. De tarde, já tinha ressuscitado e foi super bem para o Delicate! Kkkkk


 
Já no final da trilha do Delicate.

Quando chegamos, esperamos nossa vez de pousar para a foto. Eu e Lipe. Recortei a foto na tentativa de mostrar que tem duas figurinhas lá embaixo :)


O sol mais cedo, quando chegamos. Foto ao lado esquerdo do arco.

Aqui com o sol baixando, já na 'arquibancada', apreciando o espetáculo!

Essa é pra dar uma ideia da muvuca. Estávamos todos no alto, mas os 'chinas' estavam todos invadindo a área o tempo todo >:(

Um pouco antes de ir embora. Não esperamos a sombra chegar no Delicate.

Opa, nós aí de novo ;)

Foi apenas um dia, mas deu para fazer o que planejamos. A dúvida era o que fazer no dia seguinte: aproveitar para fazer um rafting no Colorado; conhecer uma byway; ou ir embora mais cedo para o Zion, uma vez que o Canyonlands foi descartado do roteiro. A escolha foi pela scenic byway conhecida como Potash – pela parte de baixo do rio Colorado, até porque queríamos ver o Colorado de perto!

Olha os mesmos cenários da ida com o pôr-do-sol...

Poesia!

A cada olhada o cenário era mais belo!

Difícil deixar o parque!

A Potash (U 279) tem desenhos ancestrais nas rochas, rotas para escalada nos paredões, marcas de dinossauros (não vimos) e alguns arcos para explorar. A estrada termina em uma estrada de terra que da acesso ao Canyonlands NP, recomendada para 4x4, senão, melhor seguir de volta pelo mesmo caminho. O Google Maps apontava uma estrada que sairia no Dead Horse, partindo da mina que fica ao final da estrada, mas essa estrada não existe. Ficamos um pouco perdidos por ali, porque nossa ideia era seguir por essa rota, mas resolvemos voltar pelo mesmo caminho.


Os paredões da Potasch, que são escalados.

O Colorado cercado pelos paredões.

O rio não tem muitos acessos pela estrada, por causa da vegetação.

Lipe na Kombi de uma galera que estava escalando.

Placas indicando os locais das inscrições e desenhos ancestrais.

Olha aí...

Algumas explicações...

Muito legal ;)

Nosso carro, os paredões e o rio. Difícil pegar tudo junto!

Entrando ao lado do Jug Handle para ver os bighorns...e, claro, nada!

Saindo da Potash e entrando no Canyonlands. Estrada de terra subindo os paredões.

Eu li que seguindo uma estrada de terra que pegamos, ao lado do Jug Handle Arch, é possível ver os paredões do Dead Horse Point State Park, mas não chegamos a ir muito, porque a estrada tem muitas pedras, muito calor, e não queríamos um pneu furado! A ideia de seguir um pouco foi para conhecer o canyon, que se abre, e para tentar ver os bighorns, que não apareceram! Faz parte...

Enfim, é preciso ir com tempo para explorar todas as opções, mas só seguir pela estrada já é muito lindo! Apesar de termos uma vista sensacional dos paredões e do rio pela manhã, no pôr-do-sol os paredões devem vibrar com o vermelho da luz somado ao vermelho das rochas. Acho que é o melhor horário para fazer as melhores fotos.

O Colorado é bem calmo nessa parte do canyon. A maioria dos raftings na região são longos; o mais curto, de meio dia, nessa parte do rio, é bem light, e não achei interessante. O Canyonlands NP é muuuito grande, precisa de mais tempo para fazer, e já estávamos mergulhados naquelas paisagens na viagem. Então, depois da Potash, seguimos para o Zion NP, que seria uma longa viagem...e, conto no próximo post.


DICAS

- Moab é a melhor cidade para ficar e conhecer os parques daquela região de Utah. Os aventureiros de plantão, e os normais também, vão encontrar todas as opções de esportes e passeios (rafting, escalada, horseback ride, bike, trilhas, 4x4, balão, paraquedas, etc). Tem agências especializadas na cidade, mas para fazer as trilhas dos parques não é necessário nenhum apoio. São todas bem sinalizadas e com a infraestrutura mínima necessária. No mais, mochilinha de ataque com água e comida!

Dê uma olhada nas trilhas:

https://www.nps.gov/arch/planyourvisit/hiking.htm

- O Arches NP deve ser um dos mais cheios dos Mighty 5. Os estacionamentos estão sempre lotados, mas chegando cedo e no final da tarde sempre tem vaga. Para o Arches o esquema é trilha e contemplação dos monumentos! Já para o Canyonlands o esquema é seguir de carro, de preferência 4x4, ou bike.

- Vale a pena conhecer o Centro de Visitantes, que fica na entrada do parque. Além de contar toda a história da formação dos arcos, mostra a importância de todas as formas de vida do parque. Assistam ao filme também. Aí, vão entender melhor a importância de se manterem nas trilhas ;)

- Fique esperto com os horários para jantar na cidade, ou para pegar o supermercado aberto! Por onde passamos nessa viagem, cidades pequenas, às 22h não se acha mais nada aberto! E, como o sol se põe tarde, é quase que obrigatório já resolver sua vida imediatamente quando sai do último passeio do parque, se quiser pegar o pôr-do-sol! Ou, vai ‘jantar’ os lanchinhos que tiverem sobrado do dia!
Aí, já adianto que vale a pena se esforçar, pelo menos para conhecer as cervejas locais kkkk! Os 7-11 tb nos salvaram em algumas ocasiões.

- Via de regra, sempre tem os programas de fim de tarde, quando o pôr-do-sol ajuda a paisagem a ficar ainda mais deslumbrante. Mas, como esse é o caso de vários lugares, é preciso escolher bem para não se arrepender. No Arches, é quase obrigatório deixar para fazer o Delicate no fim da tarde, pelo calor, pela subida e pela beleza do cenário. Isso é que é fechar um dia com chave de ouro!!! Mas, reze para não ter um grupo de ‘chinas’ destruindo a cena. Tinha uma arquibancada lotada de pessoas indignadas com a falta de educação deles dessa vez. Impressionante!

Adoro essa frase sobre nós, viajantes, acho que vocês vão curtir também ;)

“We travel, initially, to lose ourselves, and we travel, next, to find ourselves. We travel to open our hearts and eyes. And we travel, in essence, to become young fools again — to slow time down and get taken in, and fall in love once more.” — Pico Iyer  

Aproveitem ao máximo esses cenários de rochas vermelhas!




https://www.nps.gov/arch/index.htm


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