quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Parque Estadual do Marumbi – Paraná – 28-29/set/2013


Enfim, chegou a hora de voltar pra montanha!!! O Marumbi foi ”amor à primeira vista” J. Desde que vi o complexo pela janelinha do trem (na última viagem), fiquei encantada. O Parque Estadual foi criado em 1990, em uma região super preservada, de beleza ímpar, com formações rochosas no meio da Mata Atlântica. O único problema é o clima...acho que essas montanhas deveriam estar no Planalto Central, com clima maravilhoso e céu de brigadeiro, pois não dou sorte, por lá só chove L! Terei que negociar com São Pedro nas próximas idas à Curitiba.


Estação Marumbi, onde passam os trens de carga - a primeira estação era de 1913!

Bom, com chuva ou sem chuva, fomos! Conheci uma turma Nota 10: nosso guia Rodrigo, o super Konda, a Geni e o Sérgio...todos amigos da querida Michele, que, infelizmente, não pôde participar. Para não facilitar, tivemos de sair por volta das 5:15hs da matina de Curitiba, e eu não consegui dormir nada.

Logo depois do sol nascer, na estrada da Graciosa, Ciririca, a montanha mais alta

Chegamos lá, o dia estava meio nublado, o sol aparecia de vez em quando. Todos torcendo para que a previsão de chuva à tarde não se concretizasse. Fizemos o registro para controle de entrada/saída do parque, ajeitamos os equipos e partimos. Acho que umas 8:30hs. A ideia era subir até o Olimpo pela trilha branca, Frontal, ir passando pelos cumes do Gigante, da Ponta do Tigre, e talvez da Esfinge, depois, descer pela trilha vermelha, Noroeste.


Complexo Marumbi - começamos a trilha na Estação, 485m, ainda com sol :)
Dá só uma espiada no que nos esperava!


Marcação da trilha Frontal - setas de metal e fitas marcam a trilha


                 Conjunto Marumbi. Fonte: site do COSMO; desenho de Márcia Foltran, 1994.
               O mapa mostra todas as trilhas de acesso e as altitudes dos cumes do complexo.

Iniciamos a trilha e tivemos uma surpresinha...nosso amigo Rodrigo pegou numa jararaca!! Isso mesmo...foi um baita susto! O Rodrigo deu um berro e foi cada um pro seu lado :D. Mas, mesmo depois de um tempo ele ainda estava vendo jararacas pra todo lado!!! Imagina...




Depois da jararaca...descansando e curtindo a cachoeira dos marumbinistas

Um cururu ;)


Subindo uma das vias ferrata para o Olimpo

Fizemos o Olimpo com o tempo abrindo de vez em quando, nos permitindo curtir as fantásticas vistas do alto, com muitas nuvens, montanhas verdinhas abaixo, e um mar de montanhas azuladas no horizonte. LINDO! A subida é bem íngreme, mas vai de boa! A parte mais divertida (pelo menos pra mim!) são as escaladas pelos grampos/degraus, as vias ferrata. São em lugares mais íngremes, desprotegidos e que têm a melhor vista ;). Pra quem não tem medo de altura, claro!

Florzinhas no cume do Olimpo - 1.539m

Curtindo o visual com as janelas que apareciam entre as nuvens

Cume, caixa do livro de cume, e no fundo a baia de Paranaguá

Eu, Konda, Rodrigo, Geni e Sérgio - cume do Olimpo

No cume do Olimpo, 1.539m, o ponto mais alto do complexo, não tivemos muita vista, mas curtimos bastante! Com o dia limpo, é possível ver toda a Serra do Mar, a baia de Paranaguá, Antonina, a estrada de ferro...tudo em volta!

Que vontade que dá de ter aquela paz, aquele silêncio, aquela natureza todos os dias!

Vista da Baia entre as nuvens no cume

Daí, tivemos outra surpresa!!! Essa pra mim, e das boas! Ganhei do Rodrigo o livro ‘As Montanhas do Marumbi’ lá no cume. :D

Surpresa...e detalhe, eu carreguei o 'pacote' com o livro desde lá de baixo :)

A D O R E I!! E depois, mais ainda, ter tido a oportunidade de conhecer o Farofa (autor do livro) quando descemos! Mas, termino essa história depois...

Comemos, fotografamos, filosofamos e fomos...daí o tempo já fechou!


Registro do cume, com os nomes da equipe

Quando chegamos na Ponta do Tigre (1.400m) a vista era só branco por toda parte! Já estávamos no meio das nuvens. Claro que tivemos outra experiência – rsrsrs. Sabe quando a gente olha pro nada e vê aqueles pontinhos brilhantes, os íons, elétrons e afins J! Só o Konda não conseguia ver...e quando viu, viu outra coisa...Bom, vamos pular essa parte também! :D


Estão vendo os pontinhos brilhantes????


Mais uma via ferrata

Quando chegamos na bifurcação para encarar a Esfinge desistimos de seguir, o tempo havia fechado, já começava a chover e decidimos retornar pela trilha vermelha. Seguimos com cuidado redobrado, devagar, já que descer é muito pior que subir (pelo menos pra mim)!
Meu joelho ainda está lembrando dessa descida, é muito íngreme.


Essa foi na subida para o Olimpo...

Passamos pelo ‘Vale das Lágrimas’ – uma sequência de descidas com várias cordas e correntes, também divertido J, mesmo com chuva. Pra mim é mais fácil que descer pelas raízes das árvores e pelas pedras molhadas! Depois, passamos por outra via ferrata, está bem longa e exposta...tinha um visual lindo na pedra...mas, com a exposição, e tudo molhado, nem pensar em tentar tirar uma foto L. Aliás, não tiramos nada de fotos na descida toda, com água e lama ninguém quis sacar a máquina!!

Já com o tempo fechado, iniciando a descida pelo 'Vale das Lágrimas'...o lugar é lindo!


Olha aí eu descendo ;)


Por fim, quando chegamos no vale, com o tempo fechado já estava bem escuro, a Michele e o Luciano nos esperavam. Acho que era por volta de 17:30h. Eu sempre acho que a gente deve tirar uma foto do grupo antes e depois de subir...Precisa dizer o quanto estávamos sujinhos, descabelados, detonados, etc, etc, etc? Mas, claro, felizes da vida!!! De alma literalmente lavada J (pena que não tiramos as fotos!).

A galera na via ferrata

Continuando a história do Farofa...Nelson Penteado Alves, montanhista desde 1959, ele é um dos pioneiros nas conquistas mais recentes e registros das histórias do Marumbi. O livro conta todo o histórico das explorações e conquistas, e mostra sua paixão pelo esporte e pela natureza. Detalha a abertura das várias vias de escalada para os cumes do complexo, a colocação das correntes, cordas, grampos, a formação dos clubes.

Eu, Farofa e Rodrigo, na casa do Farofa :D

Além dos esportes da montanha, registrou a geologia, a fauna e a flora. É quase uma enciclopédia do Marumbi!
Nós, além da jararaca, encontramos apenas um sapo J, e ouvimos muitos pássaros. Em termos de flora (apesar de eu não ter fotografado L), vimos várias bromélias floridas. A diversidade e a beleza são impressionantes, típicas da Mata Atlântica preservada!

Quando chegamos no vale, fomos à casa do Farofa, que nos recebeu com sua simpatia e carisma, junto com sua esposa, também montanhista. Foi ótimo! Papo de montanha, histórias de conquistas e amigos. Recomendo muito seu livro, é uma referência no montanhismo brasileiro! Espero ter a oportunidade de encontrá-los de novo. ;)


Todos ficamos muito felizes com a oportunidade de conhecer o Farofa e sua esposa

Bom, voltamos pra cidade, tomamos um café pra fechar, e eu já queria mais montanha...Voltei para Brasília (aqui, pelo menos o dia estava LINDO, o astro rei brilhava no céu de brigadeiro!!!), e fica a saudade dos amigos e da montanha!

Agradeço muito a companhia dos amigos montanhistas: Michele, Luciano, Rodrigo, Konda, Geni e Sérgio! Espero aparecer por aí outras vezes e contar com a companhia de vocês por essas montanhas lindas do Paraná J!

Com a bandeira da Bike Ativa no cume do Olimpo ;)


DICAS:

Ø  Avalie as condições climáticas antes de ir, o Parque fecha quando está chovendo. Se não conhece as trilhas vá com um guia ;). Leve tudo que precisa, não tem infraestrutura no Parque (comida, água, lanterna, anorak, etc).
Parque Estadual do Marumbi - quarta-feira à segunda-feira e Feriados 8h30 às 18h00 -
Telefones: (41) 3462-2954 (Parque) ou (41) 3462-3598 (Público)

Ø  O Parque tem um grupo de montanhistas socorristas. O COSMO foi criado em 1996. Eles fazem prevenção, resgate, manutenção e conservação das trilhas e vias de escalada.
Corpo de Socorro em Montanha - COSMO:
http://sites.google.com/a/cosmo.org.br/cosmo

Ø  Para chegar lá é possível ir de trem, descendo na estação Marumbi; de carro, ou 4x4 (que adianta uma hora de caminhada da estação)
Serra Verde Express: www.serraverdeexpress.com.br

quinta-feira, 25 de julho de 2013

As surpresas do cerrado, no Parque da Cidade

Parque da Cidade – Brasília – 24/julho/2013

Eu sempre corro no Parque da Cidade e fico namorando as árvores, as aves, a natureza do cerrado. Cada época do ano tem a sua beleza. Sempre temos árvores floridas de espécies diferentes, mas essa época é uma das mais bonitas no cerrado. Algumas árvores peladas, esperando a primavera, outras completamente floridas, como os ipês, que enchem a cidade de cor...primeiro os roxos, depois os amarelos, e por último os brancos!

Como o propósito desse blog é, em regra, falar de viagens, fiquei pensando se postaria isso, mas resolvi pela valorização dos nossos espaços, e pela beleza do cerrado. Afinal, temos amigos de fora, que podem viajar com as fotos do nosso maravilhoso cerrado ;)

Na correria do dia a dia a gente raramente pára para fazer as coisas que gosta, e fazia tempo que eu não saía pela cidade com minha máquina. Essa semana, num dia de folga dos treinos, resolvi ir ao parque fazer fotossíntese, e fiz essas fotos:

Ipê Roxo - a cidade está totalmente rosa, eles estão por toda parte!

Olhando de baixo...curtindo os detalhes das flores.


O Guapuruvu está cheio de sementes...

...e elas dão um efeito lindo com o sol batendo.


Não consegui identificar essa coisa linda, preciso voltar lá e checar os detalhes. Passei algumas vezes por ela curtindo o brilho avermelhado das folhas novas.


As curicacas foram a novidade...raramente as vejo. Fiquei um tempão fotogrando...



Essa aí tb não sei qual é, mas é uma das que mais gosto de olhar quando passo correndo! a madeira típica do cerrado, e o abrigo natural dos pássaros me encantam!


Esse casal é o MÁXIMO!!! estão lá todos os dias cuidando do ninho...vc para, conversa com elas, e elas estão sempre com um olho em vc e o outro no ninho - rsrsrsr :D


Cortando caminho pela sombra...


Uma quaresmeira, que estava bem mais florida dias atrás, é outra atenção nesse ponto!


O Cara-cara já não deixa a gente chegar perto...


Mais um guapuruvu lindo!!! adoro eles...esse aí compondo junto ao lago.


Essa eu tive de pesquisar, é a Pau de Balsa, ou Pata de Lebre. Pasmem! ela é de origem amazônica!! Não sei como foi parar lá...tem várias ali, perto do lago.


Pau de Balsa

Vista do laginho. Tb fiz fotos dos patos e dos peixes...mas essas ñ precisa postar...


Num trajeto de menos de 2 Km quanta coisa linda! Sem falar na simpatia dos amigos, frequentadores do parque, que sempre cumprimentam, e também têm essa simbiose com a natureza. Sempre saio do parque pronta pra encarar o dia com um astral muito melhor ;)  ADORO!!



Flor do Hibisco



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Páscoa em Curitiba (27-31/mar/2013)

Sem poder tirar férias esse ano, a ideia é aproveitar os feriados e fins de semana...e esse foi um dos melhores do ano para viajar  J
Fiz a malinha e fui pra Curitiba encontrar uma amiga aventureira, e agora ‘empresária’, a Michele!
A programação mudou várias vezes, mas no final deu pra ter uma boa ideia dessa terra maravilhosa! Lá fui eu passar um friozinho...


Curitiba é muito verde, as araucárias caracterizam a paisagem
Como eu cheguei antes do feriado, fui fazer os passeios básicos da turistada pela cidade. Na quarta só deu tempo de dar uma volta pelo centro, e parar em alguns pontos do trajeto do ônibus de turismo – Jardim Botânico e Universidade Livre do Meio Ambiente. Infelizmente, comecei tarde e não consegui passar por vários outros pontos interessantes. Esse ‘circuito’ deve ser feito com calma, em um dia pelo menos, parando nos pontos de interesse, e curtindo uma cidade linda e super limpa!


Paço da Liberdade, experimentem o café!
Jardim Botânico
Tem muitos Quero-quero por lá :)
Na quinta fiz o passeio de trem pela Serra do Mar, Mata Atlântica, até a cidade de Morretes, com o almoço incluso pra conhecer o prato típico da região, o barreado: carne de panela desfiada e misturada com farinha de trigo...o tempero é muito bom, vira tipo um pirão de carne. Aprovado!!


Trem pela Mata Atlântica, sempre com vários pescoços de  fora!
Vista do lago da represa, com a serra no fundo
Cânion na paisagem
Essa ficou ótima, com a Serra do Mar!
Parque Estadual do Marumbi. Esse pico aí do meio é o Abrolhos, que vai ficar para a próxima
O tempo estava bom, e o trem lotado...o passeio foi bem diferente do que eu havia feito anos atrás, para Paranaguá, com o tempo meio encoberto e o trem vazio. O primeiro foi bem mais bonito, o trem realmente parecia flutuar nas nuvens em alguns pontos. Este último foi melhor para curtir o verde da Mata e o visual da Serra. O trem para na Estação do Parque Estadual do Marumbi, bem do lado das montanhas que eu queria subir nos dias seguintes - lindo!


Esse é o rio que corta Morretes, a água é transparente! imagina...hoje em dia numa cidade qualquer!
Depois seguimos de van para Antonina, uma cidade bem mais interessante, histórica, e com construções bem preservadas. Me falaram que aí é o melhor carnaval do Paraná. A região produz muita banana e gengibre; as sobremesas são ótimas J
A van segue pela estrada da Graciosa, subindo a Serra com muitas curvas, cercada de vegetação exuberante, e vários pontos de parada para curtir a natureza. É um passeio para um dia inteiro e vale a pena.

Vista da baia de Antonina, a cidade é muito preservada
Na sexta, já com a Michele e o Luciano, fomos para a Ilha do Mel...e, choveu!!! Pois é, mas quem tá na chuva...
Então, fomos fazer uma caminhada pelas praias, saindo da enseada Brasília e indo para o outro ponto de parada da balsa – Encantadas. Passamos pelo Farol das Conchas, seguimos pelas praias, morros, Gruta das Encantadas e finalmente – almoço :D


Luciano e Michele, e a chuva que nos recepcionou
Just do it ;)
No começo foi perrrrrengue, chuva, pés descalços (delícia aquele Morro do Sabão – Miguel, no mapa; imagina...), depois a chuva deu uma treguinha e antes que a gente se encharcasse de novo, voltamos. 
Bom mesmo nesse dia foi o café com um bolo de nozes que comi quando chegamos em Curitiba ;)

Alguém se habilita?
Mapinha básico, atravessamos para o outro lado da ilha e fizemos a trilha até Encantadas
Enfim, no sábado, mesmo com o tempo meio nublado, fomos subir o Morro do Canal. Esse morro fica mais perto de Curitiba, na Serra do Marumbi.


Subida do Canal, com a represa de Cayugava ao fundo
Subimos em uma hora (1.370m). A trilha é bem sinalizada, muito bem cuidada, com 'grampos' tipo escada, e correntes que ajudam bastante. Claro que lá em cima, numa friaca danada, não vimos NADA! Só nuvens e a gente no meio delas J
Mas, pelo menos rolou montanha! Eu tava louca pra fazer alguma coisa no complexo Marumbi...mas vai ficar para a próxima! A ideia inicial era subir o Abrolhos, mas com o tempo ruim não deu. Preciso voltar lá pra resolver isso depois. Aliás, pra fazer bem mais na Serra do Mar, que é linda!!

Carregando pedra :D
Michele no cume do Canal
Hora de descer!! que friaca!!!
Os grampos/degraus e as correntes da trilha
Fui...
No domingo, adivinhaAquele P* sol...não acreditei, no dia de ir embora!!! Bão, fui correr pelo centro da cidade, mais vazia, pude apreciar melhor os centros culturais, igrejas, praças, prédios antigos, muito legal! Depois a Michele foi comigo na feirinha do Largo da Ordem. Gigante, bem variada, com muitos barzinhos e restaurantes em volta. Almoçamos por lá, tomamos um café maravilhoso no Paço da Liberdade e acabou meu tempo!

Pois é, nada como conhecer mais um pouquinho as riquezas do nosso Brasil! Apesar do tempo não ajudar muito, a viagem serviu pra me deixar ainda mais encantada com a cidade, sua cultura, e com a certeza de voltar para subir a Serra do Mar ;)

DICAS:
- A Michele e o Luciano têm uma agencia de ecoturismo com uma proposta muito legal de fazer passeios de bike e caminhadas. Além de vários roteiros interessantes, eles ainda podem desenvolver outras sugestões de amigos ou grupos. Dá uma olhada: www.bikeativa.com.br.

- Se agora ainda é verão, imagina no inverno...leve casacos. Aproveite o frio para tomar muitos cafés, chocolates e vinhos J

- Para fazer as trilhas e escaladas na Serra do Mar é preciso ter um bom preparo físico, pois as ‘trilhas’ por lá são bem inclinadas! Também são bem sinalizadas, eles usam grampos/degraus e correntes para ajudar nas subidas e descidas. 

- Nunca deixem de fazer os passeios viáveis por causa da chuva!!! Just do it ;)

- A cidade é muito limpa, eles separam o lixo, cuidam dos jardins e praças, coisa raríssima no Brasil, o transporte público funciona, a Mata Atlântica é super preservada! Curitiba é um exemplo.

- Fiquei hospedada no Hotel Roochelle, no centro, perto do Teatro Guaíra. A região é ideal pra turista, é possível conhecer tudo por ali andando, não é perigoso. Aproveitem o Café Express, na praça, entre o teatro e a Universidade Federal. Adorei ;)